O presidente Michel Temer escolheu o ministro da Defesa,
Raul Jungmann, para assumir o Ministério da Segurança Pública. A nova pasta
deve ser criada nesta segunda-feira (26), por meio de medida provisória.
Com a ida de Jungmann para o novo
ministério, o general Joaquim Silva e Luna, atual secretário-executivo, deve
assumir interinamente o comando do Ministério da Defesa.
A escolha de Jungmann foi uma
solução caseira do Palácio do Planalto. Diante da dificuldade de encontrar um
nome externo, o presidente Michel Temer, desde a semana passada, já amadurecia
uma solução interna.
Jungmann já era cotado pelo seu
perfil mais político e pela experiência acumulada. Desde que assumiu a Defesa,
Jungmann conduz ações constantes na segurança pública em vários estados.
De 2006 até aqui foram editados 11
decretos da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para auxiliar a segurança pública
em vários estados, com tropas federais, como Rio de Janeiro, Espírito Santo e
Rio Grande do Norte.
Chegou a ser avaliado o nome do
general Sérgio Etchegoyen, ministro do gabinete de Segurança Institucional,
mas, pelo fato dele ser militar, esta opção foi descartada. Com a decisão de
colocar um general para ser o interventor no Rio de Janeiro, a avalição do
Planalto é que poderia ser mal recebido pela sociedade ter outro militar no
comando do Ministério da Segurança Pública.
Fontes do Palácio do Planalto já
descartavam desde o carnaval nomes que saíram na imprensa como o delegado
aposentado da PF José Mariano Beltrame e o ex-governador de São Paulo Luiz
Antônio Fleury.
A expectativa do presidente Temer é
que Jungmann tenha maior capacidade de interlocução com os governadores até
mesmo pela sua experiência como parlamentar e ministro da Reforma Agrária da
gestão Fernando Henrique Cardoso.|g1