Ex-ministro foi denunciado pela
Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva
O ex-ministro das Cidades Mário
Negromonte (PP) foi afastado do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos
Municípios (TCM), nesta quarta-feira (21), após ter se tornado réu por
corrupção passiva. A denúncia contra ele, apresentada pela Procuradoria-Geral
da República (PGR) em setembro passado, foi aceita nesta quarta pela Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por unanimidade.
Em nota, o presidente em exercício do
TCM, Fernando Vita, informou que o órgão "aguarda a comunicação oficial sobre
a decisão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça para implementação
das medidas que foram determinadas". O conselheiro não participou da
sessão desta quarta.
Segundo
a acusação, apresentada em setembro do ano passado, Negromonte acertou propina
de R$ 25 milhões para beneficiar empresas do setor de rastreamento de veículos.
A denúncia, feita ainda na gestão do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, teve
como base a delação premiada do doleiro Alberto Youssef.
Além de
conselheiro, também viraram réus os empresários Flávio Henrique Sakai, Sérgio
Augusto de Almeida Braga e Messias da Silva, todos relacionados ao Sindicato
Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores
(Sindipeças).
Eles teriam
oferecido o dinheiro ao ex-ministro em troca do apoio dele para implementar o
sistema integrado de monitoramento e registro automático de veículos, atendendo
a interesses de empresas.[correio* / Foto Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados]