O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes,
mandou nesta segunda-feira, 18, para prisão domiciliar a mulher do
ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Adriana Ancelmo.
Por três votos a dois, o Tribunal Regional Federal do Rio
de Janeiro da 2ª Região (TRF-2) havia decidido mandar de volta para o regime
fechado a ex-primeira-dama do Rio. A decisão foi proferida no dia 23 de
novembro.
Adriana foi mandada de volta para a penitenciária de
Benfica, zona norte do Rio de Janeiro.
O ministro levou em consideração o fato de Adriana ter filhos.
“Em suma, a questão da prisão de mulheres grávidas ou com
filhos sob seus cuidados é absolutamente preocupante, devendo ser observadas,
preferencialmente, alternativas institucionais à prisão, que, por um lado, sejam
suficientes para acautelar o processo, mas que não representem punição
excessiva à mulher ou às crianças”, anotou.
Adriana Ancelmo foi presa na Operação Calicute e condenada
a 18 anos de reclusão por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Em novembro, a ministra do Superior Tribunal de Justiça
Maria Thereza de Assis Moura havia indeferido medida liminar em habeas corpus
impetrado pela defesa de Adriana.
Na sentença que impôs 18 anos e 3 meses de prisão por
lavagem de dinheiro e organização criminosa à mulher do ex-governador do Rio
Sérgio Cabral, o juiz federal Marcelo Bretas apontou que a ex-primeira-dama
“usufruiu como poucas pessoas no mundo os prazeres e excentricidades que o
dinheiro pode proporcionar”.[istoé]