O atacante brasileiro Robinho, de 33 anos, foi
condenado pela nona seção da corte de Milão a nove anos de prisão pelo estupro
coletivo de uma jovem albanesa cometido no dia 22 de janeiro de 2013 em uma
casa noturna de Milão. Na época, ele jogava pelo Milan, na terceira de suas
quatro temporadas no time. De acordo com a sentença, o abuso sexual foi
cometido junto com outros cinco brasileiros. Esta não foi a primeira acusação
de estupro contra o atacante.
A decisão do tribunal afirma que os acusados "abusaram das condições de
inferioridade psíquica e física da vítima, que havia tomado substâncias
alcoólicas, com o agravante de terem-lhe dado bebida até que ficasse
inconsciente e incapaz de resistir". De acordo com o jornal italiano La Stampa,
o grupo levou a garota ao vestiário do Sio Café em Milão, onde "múltiplas
relações sexuais" foram consumadas.
Robinho, que atualmente joga para o Atlético Mineiro,
chegou a Milão na temporada 2010/11 proveniente do Santos, onde tinha jogado
uma temporada depois de deixar o Manchester City. No clube inglês, jogou entre
2008 e 2010, depois de ter passado pelo Real Madrid, clube em que
permaneceu por quatro temporadas, de 2005/06 a 2008/09.
Em janeiro de 2009, recém-chegado ao Manchester City, o
atacante brasileiro já tinha sido investigado por uma suposta agressão sexual que
teria ocorrido em um clube noturno de Leeds. Foi interrogado pela polícia de
West Yorkshire e em seguida ficou em liberdade sob fiança, depois de negar as
acusações. Em abril, a Polícia decidiu não dar continuidade ao caso e Robinho
não foi a julgamento.
O estupro cometido em Milão foi investigado
minuciosamente. A acusação solicitou a prisão do jogador em 2014, mas a medida
foi rejeitada pelo juiz. A pena solicitada pelo Ministério Público,
representado por Stefano Ammengola, foi de 10 anos de prisão. Durante o
processo, também foi ouvida a vítima, que confirmou as acusações perante os
juízes. Outro acusado pelo crime também foi condenado a nove anos de prisão,
enquanto o julgamento contra os outros quatro foi suspenso, já que suas
identidades e paradeiros são desconhecidos.
Robinho agora tem a possibilidade de apelar em mais duas
instâncias e, de acordo com uma fonte afirmou à agência Reuters, a Itália
não pedirá a extradição do jogador até que se esgotem os recursos.
Em sua página oficial do Facebook, uma nota de
esclarecimento foi divulgada negando a participação de Robinho no episódio.
"Todas as providências legais já estão sendo tomadas", diz a nota.
Após contatada, a assessoria de comunicação do Atlético-MG disse que não irá se
manifestar por ser uma questão pessoal do atleta.[brasil.elpais.com]