O atentado com dois caminhões-bomba cometido no
último sábado por supostos integrantes do grupo jihadista Al Shabab na capital
da Somália, Mogadíscio, matou pelo menos 500 pessoas e
deixou mais de 350 feridas, confirmaram à Agência Efe fontes dos serviços de
saúde do país.
Os hospitais, escassos de medicamentos e sangue,
estão superlotados de feridos. O ataque ao Safari Hotel e a um movimentado
mercado da cidade é o pior já ocorrido na história do país com base no balanço
de mortos, que ainda pode aumentar.
De acordo com a imprensa
somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes.
Por enquanto, embora a mídia local e analistas considerem certo que Al Shabab
está por trás do atentado, o grupo ainda não reivindicou a autoria do ocorrido.
Al
Shabab, que em 2012 se filiou à rede internacional da Al Qaeda, controla parte
do território no centro e no sul do país e tenta instaurar um Estado islâmico
wahabista na Somália.
O país
vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre
foi derrubado, o que deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias
radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã
determinado e grupos armados.|exame / Foto Feisal Omar/Reuters