O
Superintendente da Polícia Federal na Bahia, Daniel Madruga, informou hoje (6)
que os R$ 51 milhões encontrados ontem em um apartamento de Salvador e
atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima foram depositados em juízo, para
que seja investigada a procedência das cédulas.
"O dinheiro, após
contabilizado, foi depositado na Caixa Econômica Federal, numa conta vinculada
ao processo. Importante destacar que possuir e ter o dinheiro, por si só, não é
crime. Essa investigação, que está em curso em Brasília, vai apurar se a origem
do dinheiro é ou não lícita", destacou Madruga.
No despacho do juiz federal
Wallisney Oliveira, as investigações atribuem os valores a fraudes na liberação
de créditos na Caixa Econômica Federal, entre os anos de 2011e 2013, período em
que Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da empresa federal.
O Superintendente da PF disse,
ainda, que os agentes policiais, que cumpriram o mandado de busca e apreensão
no apartamento no bairro da Graça, ficaram "surpresos" com o conteúdo
das malas e caixas e com a quantidade de dinheiro.
"Os policiais, quando
entraram no apartamento, ficaram surpresos, porque esperavam encontrar caixas
com documentos e na verdade se depararam com caixas e malas de dinheiros. Foi
uma surpresa muito grande", relatou o Superintendente. Além disso, ele
disse que, pela quantidade de cédulas encontradas, foi preciso o serviço de uma
empresa transportadora de valores, que utilizou oito máquinas para contar o
dinheiro, com o auxílio de onze funcionários. A contagem, segundo ele, durou
cerca de 12 horas.
Passadas mais de 24 horas desde
a apreensão do dinheiro atribuído a Geddel, a defesa do ex-ministro ainda não
se manifestou. Geddel cumpre prisão domiciliar em Salvador, no apartamento onde
mora com a família. Atualmente, ele não utiliza tornozeleira eletrônica, porque
o estado da Bahia não possui o equipamento. A Secretaria de Administração
Penitenciária estadual informou que até 20 de setembro os aparelhos de
monitoramento adquiridos devem chegar a Salvador.|brasil247