O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal
(STF) o arquivamento do inquérito aberto na Corte para investigar a suposta
tentativa dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) e do
ex-senador José Sarney de atrapalhar as investigações da Operação "Lava
Jato".
Em
julho, a Polícia Federal (PF) também solicitou o arquivamento da investigação
por insuficiência de provas. A PF entendeu que as conversas gravadas entre os
três políticos com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, não
configuraram crime.
Renan,
Jucá e Sarney respondem a um inquérito no qual foram acusados pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) do crime de embaraço à "Lava
Jato", por tentarem barrar ou atrapalhar as investigações da operação.
Aberto em fevereiro, o inquérito contra os políticos têm como base o acordo de
delação premiada de Sérgio Machado e conversas gravadas entre ele e os outros
envolvidos.
As
gravações foram divulgadas no ano passado, após a retirada do sigilo do conteúdo
das delações de Machado. Em uma das conversas, Romero Jucá cita um suposto
“acordo nacional” para “estancar a sangria”.
Caberá
ao ministro do Supremo Edson Fachin, relator do caso, dar a palavra final sobre
o arquivamento do processo.
A
decisão tomada hoje pela PGR não tem relação com a denúncia por crime de
organização criminosa apresentada na sexta-feira (8) por Janot contra os
senadores do PMDB Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Edison Lobão
(MA), Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho (PA), além do ex-senador José Sarney.
A
íntegra da denúncia, que ainda não foi divulgada, está relacionada com a
delação premiada do ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado.| hojeemdia