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Justiça Federal em Ponte Nova (MG), suspendeu a ação criminal que tornou em
réus 22 pessoas , além das empresas Vale, Samarco, BHP Billiton e VogBR, no
processo referente ao rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, em novembro
de 2015, A tragédia, considerada o maior desastre ambiental do Brasil, deixou
19 mortos e afetou mais de 40 cidades.
A defesa do diretor-presidente
licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, e do diretor-geral de operações, Kleber
Terra, alegou que as escutas telefônicas usadas no processo foram obtidas de
forma ilícita. A decisão que suspendeu a ação foi assinada pelo juiz Jacques de
Queiroz Ferreira.
Os advogados alegaram que a
quebra do sigilo telefônico de Vescovi e Terra teria ultrapassado o período
determinado pela Justiça e que ainda assim o material teria sido anexado ao
inquérito pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Na decisão, o juiz
destacou que a defesa levantou "duas graves questões que podem implicar na
anulação do processo desde o início" e determinou que o processo fosse
suspenso até que seja tomada uma decisão acerca das alegações.|brasil247 / Foto reprodução da internet