O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin decidiu hoje (10) não incluir o presidente Michel Temer no inquérito que
investiga integrantes do PMDB da Câmara dos Deputados no âmbito da Operação
Lava Jato. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Na decisão, Fachin
entendeu que o presidente já é investigado pelo crime de organização criminosa
no inquérito que foi aberto pelo Supremo a partir das delações da JBS, sendo
“desnecessária” a inclusão de Temer em outro inquérito.
O pedido para incluir o presidente no inquérito que investiga o PMDB
havia sido feito pela Polícia Federal (PF), o que levou Fachin a solicitar a
manifestação de Janot sobre o assunto. O procurador-geral da República disse
que a organização criminosa que permitiu ao presidente cometer os crimes pelo
qual foi denunciado no Inquérito 4.483 (em que Temer foi denunciado por
corrupção passiva e está suspenso após a continuidade do processo não ter sido
aprovada na Câmara dos Deputados), na verdade, estaria inserida no contexto
maior da Lava Jato.
O inquérito sobre o PMDB tem, no momento, 15 investigados, entre eles, o
deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro Henrique Eduardo
Alves.|agenciabrasil - Foto reprodução / google