O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou
no Twitter neste domingo (9) que discutiu a formação de uma unidade de segurança
cibernética para proteção contra hackers em eleições com o presidente russo,
Vladimir Putin.
Tuitando após seu primeiro encontro com
Putin no sábado, Trump afirmou que agora é o momento para trabalhar de forma
construtiva com Moscou, destacando um acordo de cessar-fogo no sudoeste da
Síria que entrou em vigor neste domingo.
"Putin e eu discutimos a formação de uma unidade de
segurança cibernética impenetrável para que o hackeamento de eleições e muitas
outras coisas negativas sejam vigiadas", disse ele após conversas na
cúpula do G20 em Hamburgo, Alemanha.
Trump disse que levantou alegações de
interferência russa na eleição presidencial de 2016 dos EUA com Putin.
"Eu pressionei bastante o presidente
Putin duas vezes sobre a interferência russa em nossa eleição. Ele negou
veementemente. Eu já dei minha opinião..."
Cessar-fogo na Síria
Além disso, os dois líderes falaram sobre a
implementação de um cessar-fogo no sul da Síria, iniciado neste domingo,
afirmando que o mesmo salvará vidas.
O conflito na Síria é um dos assuntos que mais gera
divergências entre os dois países. Enquanto a Rússia é um dos principais
aliados do regime de Bashar al-Assad, os Estados Unidos apoiam forças rebeldes.
Apesar dos avanços, o presidente americano
descartou um levantamento das sanções que pesam sobre Moscou relacionadas aos
conflitos na Síria e na Ucrânia.
No mês passado, Washington acrescentou 38
indivíduos e entidades em sua lista de russos e rebeldes pró-russos sancionados
por causa dos combates no leste da Ucrânia.
Esse reforço das sanções fez aumentar as tensões
entre os países, com Moscou advertindo que o mesmo ameaçava toda a relação
bilateral.
"As sanções não foram discutidas na reunião
com o presidente Putin. Mas nada será feito até que os problemas sírio e ucraniano
sejam resolvidos", garantiu o presidente republicano.
Putin e Trump se reuniram na sexta-feira (7) à
margem da cúpula do G20 na cidade alemã de Hamburgo, no qual discutiram os
contenciosos bilaterais.|g1