A administração municipal projeta baixar o preço da refeição servida no restaurante popular de R$11,oo (onze reais), valor praticado no segundo mandato do prefeito Paulo Cezar, e nos primeiros meses do atual governo, para R$7,45 (sete reais e quarenta e cinco centavos). O percentual de redução por refeição será de 32,3%.

No governo Paulo Cezar, a contrapartida da Prefeitura de Alagoinhas era de R$8,00 por cada refeição. Os usuários do restaurante popular pagavam R$3,00, totalizando R$11,00.
Nesta nova fase do restaurante, após a conclusão final da licitação que definirá a prestadora de serviço, os clientes desembolsarão os mesmos R$3,00 e a prefeitura passará a pagar à empresa fornecedora a quantia de R$4,45 (quatro reais e quarenta e cinco centavos) reduzindo o custo por prato em R$3,55 (menos 44,4% quando comparados com os R$8,00 que vêm sendo pagos).

A Secretaria Municipal Assistência Social (SEMAS), no governo Paulo Cezar, desde a inauguração do restaurante popular, pagava diariamente à empresa fornecedora R$14.400,00 referentes a 1.800 refeições.

José Alfredo Menezes Filho, gestor da SEMAS, estranhou a regularidade das faturas apresentadas à Prefeitura de Alagoinhas, registrando o número fixo de 1.800 refeições diárias, fato pouco comum no segmento de alimentação fora do lar.

Menezes utilizou modelo simples de auditoria – um “fiscal” da SEMAS se postou no caixa para anotar o total de pratos vendidos -, que constatou no decorrer da aferição o número total de refeições comercializadas, em um sábado, dia de maior movimento, a venda de 630 pratos, quase um terço das refeições declaradas em praticamente todas as faturas anteriores.

Com base no máximo aferido pela SEMAS, a prestadora de serviço estaria praticando um aumento artificial diário de 1.170 refeições ao custo R$9.360,00 por dia.

A atual administração, após a constatação da demanda real, definiu o número de 700 refeições diárias como limite máximo de fornecimento do restaurante popular.

Em contato com o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, Joaquim Neto foi informado que o restaurante popular da Princesa do Sertão nunca ultrapassou a venda de 1.200 refeições por dia.

A população de Feira de Santana é de 622 mil habitantes, segundo o IBGE (estimativa para o ano de 2016).

A população de Alagoinhas é de 155.362 mil habitantes, de acordo com a mesma fonte, cuja estimativa também foi feita para o ano passado.

Em 2013, segundo o site G1, o restaurante popular do Comércio, o mais movimentado de Salvador, vendia 2.300 refeições diariamente, apenas 500 a mais do que aquelas faturadas diariamente em Alagoinhas desde a inauguração do equipamento.

“Levando em consideração o máximo que forneceremos, que será de 700 refeições diárias, com custo para a prefeitura de R$4,45 por refeição servida, quando comparado com a planilha anterior de fornecimento (1.800 refeiçoes diárias x R$8,00 = R$14.400,00/dia), economizaremos R$11.285,00 por dia, R$56.425,00 por semana e, consequentemente, R$ 225.700,00 por mês”, afirmou em tom de comemoração o prefeito Joaquim Neto.

A economia se dará pelas seguintes razões matemáticas: redução das refeições diárias de 1.800 para 700; redução do custo unitário diário de R$8,00 para R$4,45, com economia de R$3,55 por refeição paga pela prefeitura.


Segundo o prefeito, as 700 refeições estipuladas pela SEMAS cobrirão com folga a demanda real dos clientes do restaurante popular, constatada após vários dias de aferição do consumo. “Ninguém ficará sem comer no restaurante popular porque ampliamos em um pouco mais de 10% (de 630 para 700) o quantitativo de refeições com aquele que de fato foi constatado na auditoria”, finalizou Joaquim Neto.|Foto: Alagoinhas Hoje

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