Pelo menos 31 prefeitos de cidades baianas decidiram afrontar as
leis e nomearam familiares para comandar secretarias e cargos comissionados no
interior baiano já nos primeiros meses do mandato, iniciado em janeiro
passado. O levantamento, realizado pelo CORREIO com auxílio do Ministério
Público Estadual (MP), identificou que irmãos, tios, esposas e maridos são
empregados pelos gestores. O que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF),
caracteriza prática de nepotismo, ato de favorecer os parentes na administração
pública.
Os casos levantados são investigados pelo MP e a maioria
já teve recomendação para que os gestores exonerem os parentes. Dentre todas as
ocorrência, três foram levadas à Justiça pelo MP após os prefeitos não
cumprirem as orientações. Um deles já tem decisão, em Morro do Chapéu, onde o
prefeito Léo Dourado (PR) recebeu determinação da Justiça para exonerar cinco
parentes nomeados na prefeitura. Entre os quais, a mãe e uma prima. Ele cumpriu
a sentença.