Dirigentes petistas e líderes de movimentos sociais que participaram
do ato em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira,
20, em São Paulo, consideraram positivo o saldo da manifestação. Eles afirmaram
que a manifestação ajudou a preparar o clima para o dia 2, quando o plenário da
Câmara deve apreciar a denúncia criminal contra o presidente Michel Temer.
“Acho
que foi uma mobilização boa, dentro da nossa expectativa. Estamos esquentando e
no dia 2 vamos balançar a roseira desse (Michel) Temer”, afirmou o líder do PT
na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP).
Para
Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o ato
reuniu cerca de 30 mil pessoas e deve gerar novas manifestações no Brasil
inteiro. “Até porque vão continuar os ataques. O Temer está querendo se salvar e
eles querem recolocar a reforma da Previdência na agenda”, disse.
Líder
do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ) afirmou que o calendário das próximas
manifestações ainda não foi decidido, mas que o ato de hoje “demonstra uma
revolta muito grande da gente que defende a democracia brasileira”. “Na nossa
avaliação, isso é a continuidade do golpe, tirar o Lula do jogo é isso”, disse.
O
senador também ironizou o aumento do PIS/Cofins para os combustíveis, anunciada
pela equipe econômica do governo. “Isso é um escândalo, quero ver o que a turma
dos patos amarelos vai falar”, disse Lindbergh, em alusão à campanha “Não Vou
Pagar o Pato”, liderada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, a partir de
setembro de 2015. “Eles diziam que não iam aumentar impostos. Essa coisa de
aumentar imposto nesse momento desmoraliza de vez o governo e seu ministro da
Fazenda”, completou.|exame - Foto da internet