O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou nesta quinta-feira como pré-candidato a presidente da República nas eleições de 2018. Lula disse que será um candidato "com problemas jurídicos", se referindo à condenação a nove anos e meio por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em sentença proferida pelo juiz Sérgio Moro, nessa quarta-feira (12).

Lula se lança candidato um dia depois de ser condenado por Moro. "Acredito que é uma tentativa (condenação) para me tirar do jogo político",  avaliou Lula.

"Se com essa sentença, eles acham que me tiraram do jogo, estou no jogo.  Vou reivindicar do meu partido o direito de postular a candidatura à presidência da República", disse Lula.

O ex-presidente disse também que quem acredita que a sentença dessa quarta-feira decretou o seu fim "está enganado".

Lula lembrou que a condenação dessa quarta-feira (12) fora prevista em artigo, assinado por ele e publicado no jornal Folha de  S. Paulo, em outubro do ano passado, com o título de "por que querem me condenar". Naquela época, recorda o ex-presidente, ele tinha convicção que seria condenado. "Porque  contaram  uma mentira tantas vezes contra o Lula, que ficariam desmoralizados se não me condenassem", justificou.
Papel rasurado

Lula destacou ainda que foi condenado sem provas. "O que eles apresentam como prova, é um papel  que estava rasurado, que poderia até ser eles que fizeram, que não estava assinado e me perguntaram se eu conhecia", criticou. Em vídeo, durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, Lula diz que não conhecia a origem do documento, porque não estava assinado.

O ex-presidente também reiterou o desafio feito em outras oportunidades: "Se alguém neste país tiver uma prova contra mim, que mostre".

Lula reclamou ainda o fato de ter que pagar multa de aproximadamente R$ 700 mil à Petrobras, conforme sentença do juiz Sérgio Moro. O ex-presidente disse que poderiam dar a ele o triplex, se referindo ao apartamento no Guarujá, no litoral paulista,  pivô de sua condenação. "Para que eu possa vendê-lo e pagar a multa", justificou.


Democracia
"O estado de direito democrático está sendo jogado na lata de lixo", disse Lula ao comentar, pela primeira vez em entrevista à imprensa, a sentença do juiz  Sergio Moro.

"Eles estão destruindo os fundamentos da democracia no nosso país", afirmou Lula ao se defender de acusações.


Papel rasurado
Lula destacou ainda que foi condenado sem provas. "O que eles apresentam como prova, é um papel  que estava rasurado, que poderia até ser eles que fizeram, que não estava assinado e me perguntaram se eu conhecia", criticou. Em vídeo, durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, Lula diz que não conhecia a origem do documento, porque não estava assinado.

O ex-presidente também reiterou o desafio feito em outras oportunidades: "Se alguém neste país tiver uma prova contra mim, que mostre".

Lula reclamou ainda o fato de ter que pagar multa de aproximadamente R$ 700 mil à Petrobras, conforme sentença do juiz Sérgio Moro. O ex-presidente disse que poderiam dar a ele o triplex, se referindo ao apartamento no Guarujá, no litoral paulista,  pivô de sua condenação. "Para que eu possa vendê-lo e pagar a multa", justificou.


Democracia
"O estado de direito democrático está sendo jogado na lata de lixo", disse Lula ao comentar, pela primeira vez em entrevista à imprensa, a sentença do juiz  Sergio Moro.

"Eles estão destruindo os fundamentos da democracia no nosso país", afirmou Lula ao se defender de acusações. 
Ato


Em apoio ao ex-presidente, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou ato para o dia 20 nas capitais e cidades do país com mote 'eleição sem Lula é fraude'.

O ex-presidente afirmou, ao iniciar a coletiva, que não quis falar com a imprensa nessa quarta-feira (12) sobre a sentença de Moro porque teve que ver o Corinthians vencer o Palmeira. Lula disse que não teve tempo de analisar a condenação e nem falar com seus advogados por causa do jogo, vencido pelo Corinthians por 2 a 0.

Ao começar suas declarações, Lula disse que Moro tem um "enorme otimismo" sobre ele. "Pela condenação, de 19 anos sem exercer um cargo público, significa que ele está permitindo que eu vá ser candidato em 2036. Isso significa que eu vou viver muito e vocês vão ter que me suportar", afirmou o petista.

"Não é o Lula que pretendem condenar, é o projeto político que me represento", disse o ex-presidente. A sentença tem "componente político muito forte", disse Lula, ressaltando que o texto tem mais de 900 parágrafos, dos quais apenas cinco da defesa foram incorporados ao texto. "Moro precisou escrever 60 páginas para justificar a acusação", disse Lula.|em

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