O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma enfática defesa do legado do
governo presidente Dilma Rousseff, ao conceder entrevista a uma rádio paulista.
"É importante a gente relembrar dezembro de 2014, quando o
Brasil tinha o menor índice de desemprego de sua história, 4.5% de desemprego.
Era padrão Suécia, Dinamarca e Alemanha. Os trabalhadores de categorias
organizadas tinham aumento real, o salário mínimo tinha tido aumento de
74%", disse o ex-presidente Lula, ao rebater a tese de que a depressão
atual teria sido provada por Dilma, como vem sendo alardeado por setores da
direita.
Na realidade, Dilma foi impedida de governar já em 2015, quando
Eduardo Cunha e Aécio Neves sabotaram as iniciativas do Palácio do Planalto,
com a política do "quanto pior, melhor", e a depressão econômica se
aprofundou com a chegada de Michel Temer ao poder, em maio de 2016.
Abaixo,
notícia postada pelo ex-presidente Lula:
Em entrevista à Rádio Capital nesta terça-feira (18), o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do legado dos governos
petistas e relembrou que foi em dezembro de 2014 que o Brasil emplacou os
melhores índices de geração de emprego. "É importante a gente relembrar
dezembro de 2014, quando o Brasil tinha o menor índice de desemprego de sua
história, 4.5% de desemprego. Era padrão Suécia, Dinamarca e Alemanha. Os
trabalhadores de categorias organizadas tinham aumento real, o salário mínimo
tinha tido aumento de 74%", ponderou.
Lula destacou que fatores políticos travaram as agendas do
governo. "A Dilma terminou seu primeiro mandato com uma aprovação
invejável. Mas tínhamos um presidente da Câmara (Eduardo Cunha) que trabalhava
contra o governo, para que ele não desse certo. E esse foi um erro grave",
avaliou. Para o ex-presidente, o processo do golpe acabou provando que "o
problema do Brasil não era a Dilma".
"Aqueles que deram um golpe falando que o país iria virar um
paraíso deixaram o país pior. Aumentou nossa dívida fiscal, aumentou o
desemprego e as incertezas", disse o ex-presidente.
Lula também criticou as reformas promovidas pelo atual governo e
voltou a defender que Temer convoque novas eleições. "A reforma
trabalhista vai deixar um regime de semi escravidão nesse país. A única solução
para o Brasil agora seria convocar eleições diretas."
Processo
O ex-presidente também comentou a sentença proferida pelo juiz de
primeira instância, Sérgio Moro, na semana passada. "Nesse processo a
única coisa que foi levada em conta foi a necessidade de prestar serviço a quem
quer que o Lula não dispute a eleição. Falei para o Moro no dia do meu
depoimento que ele estava preso ao compromisso que ele tem com a
imprensa", ressaltou.
O ex-presidente afirmou acreditar que a Justiça ocorrerá em outra
instância. "A única coisa que eu tenho é a minha dignidade e por ela
lutarei até o fim. Não vou permitir que meia dúzia de jovens mal intencionados
tentem jogar minha imagem na lama. Acredito que haverá de acontecer a Justiça
em outra instância nesse país".|brasil247