Preso em regime domiciliar há duas semanas,
o ex-ministro Geddel Vieira Lima está tornozeleira eletrônica e sem
monitoramento da Polícia Federal. O político deixou o Complexo Penitenciário da
Papuda, em Brasília, no último dia 14 e agora está em seu apartamento em
Salvador.
A prisão de Geddel foi decretada por
suspeita de tentar obstruir as investigações da Operação Cui Bono, que apura
fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica Federal.
O ex-ministro foi solto por decisão do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que informou que a PF teria a
prerrogativa de monitorá-lo, seja por meio de tornozeleira eletrônica ou pelo
uso de outros instrumentos legais. Neste caso, poderia ser feito o
monitiramento por meio de visitas surpresa ou outra medida definida pelo juiz
responsável pela execução penal.
De acordo com reportagem do G1, o
estado da Bahia não dispõe, atualmente, dos aparelhos. A PF também informou não
ter dispositivo para colocar no ex-ministro. A corporação alega que não foi
intimada pela Justiça a fiscalizar os passos do político.
"Enquanto não tiver nenhuma
intimação [da Justiça Federal], a gente não tem nada a responder", disse a
assessoria de imprensa da PF na Bahia, por telefone. O acordo, segundo a
assessoria, deve ser feito entre o sistema penitenciário e a "Justiça
Federal".
A defesa do ex-ministro garante que ele
permanece em casa, sem contato com pessoas de fora. Os advogados de Geddel
afirmam que a falta de tornozeleira não traz nenhuma consequência ao
ex-ministro.| Foto / Reprodução da internet