A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, se declarou suspeita para analisar os recursos contra a liminar do ministro Ricardo Levandowski, que derrubou a eleição direta no Amazonas. Na decisão desta quinta-feira (6), ela diz que é suspeita por questões de foro íntimo.

Assim que a ministra se declarou suspeita, o processo passou para o vice do STF, Dias Toffoli. Como o ministro não está em Brasília, o processo foi redistribuído e agora está com o ministro mais antigo do Supremo, Celso de Mello.

Como o Judiciário está de recesso desde 1º de julho, o ministro pode, ou não, fazer o julgamento dos recursos nesse período. Depende dele o entendimento de que a decisão é urgente ou pode esperar até o retorno das atividades do Supremo para ser julgado.

A Rede Amazônica, por meio da sucursal Brasília, entrou em contato com a assessoria do STF, que não deu maiores informações sobre a decisão da ministra.

Entenda o caso
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou, no dia 28 de junho, a suspensão da eleição para o Governo do Estado do Amazonas, prevista para ocorrer no dia 6 de agosto.

O pleito suplementar havia sido decretado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio. A decisão cassou os mandatos do ex-governador José Melo, e do vice à época, Henrique Oliveira, por compra de votos nas eleições 2014.

No entendimento de Lewandowski, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não poderia ter determinado uma nova eleição antes de analisar recursos do governador e do vice. A decisão de suspender a eleição é liminar e pode, em tese, ser derrubada pelo plenário do STF.

Atualmente, o presidente da Assembleia, David Almeida (PSD) está no comando do governo do estado. De acordo com o STF, a decisão não prevê o retorno de Melo ou Henrique ao governo.|g1


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