Sem
citar diretamente a crise política ou o processo que está sendo julgado no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pode cassar o seu mandato, o presidente
Michel Temer usou o discurso do anúncio no Plano Safra 2017/2018 para tentar
empregar uma ideia de otimismo e reafirmou que está seguro de que permanecerá
no cargo. “Vamos conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018”, disse para uma
plateia de lideranças rurais e diversos políticos que ocuparam o Salão Nobre do
Palácio do Planalto.
Temer, que chegou
ao evento acompanhado dos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de ministros, disse ainda que o setor
agropecuário dá uma “injeção de otimismo no País” e que é com “essa alma e esse
vigor” que a cerimônia provoca é que ele terminará seu mandato.
O presidente, que
anunciou o total de R$ 190,25 bilhões para o Plano Safra, destacou que, ao ver
a quantia que está sendo colocada à disposição do campo, não há razões para não
ser otimista. “Quando eu percebo os R$ 190,25 bilhões que estamos colocando,
quando vejo o que está sendo feito no setor da agricultura, do agronegócio, eu
digo: será que temos o direito de ser pessimistas no Brasil? Não tenho dúvida
que o otimismo permeia essa solenidade”, completou.
No evento desta
quarta-feira, tido como uma tentativa de agenda positiva para mostrar que o
governo segue trabalhando independente da crise, o ministro da Agricultura,
Blairo Maggi, anunciou ainda a redução da taxa de juros para algumas
modalidades de crédito, e Temer destacou que a iniciativa fazia parte de seu
governo. “Convenhamos que temos nos preocupado com juros menores do que os do
passado”, disse.|exame - Foto: beto barata