O Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Norte
denunciou os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves
por corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da operação Manus, um dos
desdobramentos da Lava-Jato. Os dois estão presos. Além dos dois ex-deputados,
também foram denunciados pelo MPF José Adelmário Pinheiro Filho, o “Léo
Pinheiro”, ex-presidente da construtora OAS, mais outras três pessoas.
A denúncia foi enviada para a Justiça nesta terça-feira e informada pelo MPF nesta quarta. Os dois peemedebistas são acusados pelos procuradores de terem recebido propinas
disfarçadas de doações eleitorais, oficiais e não oficiais, entre 2012 e 2014. Em troca, afirma o MPF, eles teriam atuado para favorecer empreiteiras como OAS e Odebrecht nas obras da Arena das Dunas, em Natal.
A denúncia foi enviada para a Justiça nesta terça-feira e informada pelo MPF nesta quarta. Os dois peemedebistas são acusados pelos procuradores de terem recebido propinas
disfarçadas de doações eleitorais, oficiais e não oficiais, entre 2012 e 2014. Em troca, afirma o MPF, eles teriam atuado para favorecer empreiteiras como OAS e Odebrecht nas obras da Arena das Dunas, em Natal.
A denúncia do MPF reúne mensagens de
celulares, prestações de contas eleitorais, dados bancários e telefônicos, depoimentos,
diligências de campo, documentos e depoimentos de colaborações premiadas. Esse
conjunto confirma as ilegalidades cometidas pelo grupo. Para o MPF, entre
Eduardo Cunha e Henrique Alves existia uma “parceria criminosa”.
Os procuradores apontam que Cunha e
Henrique Eduardo Alves “solicitaram, aceitaram promessa nesse sentido e
efetivamente receberam vantagens indevidas, de forma oculta e disfarçada, por
meio de doações eleitorais oficiais e não oficiais, em razão da atuação
política e parlamentar de ambos em favor dos interesses de empreiteiras”.|oglobo - foto reprodução