A força-tarefa da
Operação Lava Jato denunciou hoje (8) os ex-gerentes da Petrobras Márcio de
Almeida Ferreira, Edison Krummenauer e Maurício Guedes pelos crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia também
inclui os empresários Luis Mario da Costa Mattoni, Marivaldo do Rozario
Escalfoni e Paulo Roberto Fernandes, administradores da Andrade Gutierrez,
Akyzo e Liderrol, respectivamente.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), eles atuaram em um esquema criminoso na área de gás e energia da Petrobras que levou ao desvio de mais de R$ 150 milhões. Os ex-gerentes teriam sido responsáveis por fornecer informações privilegiadas às empresas indicadas por Escalfoni e Fernandes que, assim, venciam as licitações promovidas pela estatal.
Os empresários, em contrapartida, repassavam propina aos ex-gerentes através de intermediários, segundo a denúncia. Quando os pagamentos não eram realizados em espécie, os operadores quitavam despesas pessoais dos agentes públicos ou transferiam o dinheiro para contas bancárias na Suíça.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), eles atuaram em um esquema criminoso na área de gás e energia da Petrobras que levou ao desvio de mais de R$ 150 milhões. Os ex-gerentes teriam sido responsáveis por fornecer informações privilegiadas às empresas indicadas por Escalfoni e Fernandes que, assim, venciam as licitações promovidas pela estatal.
Os empresários, em contrapartida, repassavam propina aos ex-gerentes através de intermediários, segundo a denúncia. Quando os pagamentos não eram realizados em espécie, os operadores quitavam despesas pessoais dos agentes públicos ou transferiam o dinheiro para contas bancárias na Suíça.
Na denúncia, a força-tarefa reforçou a tese
de que o ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira usou a Lei de
Repatriação para lavar dinheiro de propina, conforme já havia sido apontado
pelo MPF no dia 4 de maio. Naquele dia, Almeida foi preso por ocasião da 40ª
fase da Operação Lava Jato. A lei foi sancionada em janeiro do ano passado e
permite que cidadãos com valores não declarados no exterior regularizem esses
recursos no Fisco.
Os procuradores apontaram que o patrimônio do
ex-gerente passou de R$ 9,2 milhões para R$ 54,5 milhões depois que ele
realizou a regularização cambial. A investigação não encontrou evidências de
que Almeida tenha exercido atividades lícitas que justificassem esse aumento,
segundo a denúncia.
Outro lado
Ao ser questionada sobre a denúncia, a
Andrade Gutierrez respondeu que “segue colaborando com as investigações em
curso dentro do acordo de leniência firmado pela empresa com o MPF e reforça
seu compromisso público de esclarecer e corrigir todos os fatos irregulares
ocorridos no passado”.|agenciabrasil