“Passou
o macaco, agora é o morcego”. Você já deve ter ouvido alguém falar isso. O
susto com a febre amarela acabou e, agora, o que está no radar são as picadas
de morcegos. Mas, só por que você não pensa mais sobre isso, não quer dizer que
a doença não esteja sendo acompanhada de perto, especialmente no interior.
Desde o início do ano, quase 600 primatas não humanos – mais especificamente, 586 micos e macaquinhos – foram encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen) com suspeita de febre amarela. Vieram de 116 municípios de todos os cantos do estado –, além de Salvador (confira lista). No ano passado, nenhum dos 490 animais que chegaram lá no mesmo período foi testado para a doença. Ou seja: o aumento foi de 586%.
Mesmo assim, como destaca a diretora do Lacen, Zuinara Maia, a Bahia, assim como São Paulo, não teve nenhum caso de febre amarela em humanos com transmissão dentro do próprio estado. Os dois casos registrados aqui foram de pessoas que viajaram para Minas Gerais e Espírito Santo e contraíram a doença nesses estados.
No “auge” do surto de febre amarela no país, entre os meses de abril e maio, o Lacen recebeu a maior parte dos macacos: eram 50 por semana. Hoje, quando as coisas parecem ter se acalmado, o número ainda é grande: em média, três primatas chegam, por dia, à unidade, com a suspeita.
“Não podemos nem dizer que há uma endemia, porque, para isso, tem que ter (pessoa) doente e transmissão, mas não tem isso entre humanos. O que temos são epizootias (doença no animal). Mas a recomendação ainda é de ações de vigilância. Todos os protocolos de bloqueio continuam. Diminui a chance de transmissão, mas o trabalho é na prevenção, com a preocupação de rastrear o vírus no resto do estado, porque ele está disperso”, explicou Zuinara.
Ela se refere ao fato de que há ocorrências do vírus em diferentes cidades: dos 586 macacos e micos, 57 tiveram resultado positivo para febre amarela e dois positivos para raiva. Os resultados da febre amarela se confirmaram em 28 cidades como Alagoinhas, Feira de Santana, Lauro de Freitas, São Gonçalo dos Campos e Paulo Afonso, além de Salvador.
“Quando temos um resultado positivo, a vigilância epidemiológica faz, imediatamente, o bloqueio do vírus. Entra o fumacê e o bloqueio vacinal. O resultado do laboratório em tempo hábil permite uma ação da vigilância e prevenção e o extermínio efetivo. Foi graças a essa interação que a gente não teve nenhum caso em humanos”, disse ela. (Correio24horas)
Desde o início do ano, quase 600 primatas não humanos – mais especificamente, 586 micos e macaquinhos – foram encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen) com suspeita de febre amarela. Vieram de 116 municípios de todos os cantos do estado –, além de Salvador (confira lista). No ano passado, nenhum dos 490 animais que chegaram lá no mesmo período foi testado para a doença. Ou seja: o aumento foi de 586%.
Mesmo assim, como destaca a diretora do Lacen, Zuinara Maia, a Bahia, assim como São Paulo, não teve nenhum caso de febre amarela em humanos com transmissão dentro do próprio estado. Os dois casos registrados aqui foram de pessoas que viajaram para Minas Gerais e Espírito Santo e contraíram a doença nesses estados.
No “auge” do surto de febre amarela no país, entre os meses de abril e maio, o Lacen recebeu a maior parte dos macacos: eram 50 por semana. Hoje, quando as coisas parecem ter se acalmado, o número ainda é grande: em média, três primatas chegam, por dia, à unidade, com a suspeita.
“Não podemos nem dizer que há uma endemia, porque, para isso, tem que ter (pessoa) doente e transmissão, mas não tem isso entre humanos. O que temos são epizootias (doença no animal). Mas a recomendação ainda é de ações de vigilância. Todos os protocolos de bloqueio continuam. Diminui a chance de transmissão, mas o trabalho é na prevenção, com a preocupação de rastrear o vírus no resto do estado, porque ele está disperso”, explicou Zuinara.
Ela se refere ao fato de que há ocorrências do vírus em diferentes cidades: dos 586 macacos e micos, 57 tiveram resultado positivo para febre amarela e dois positivos para raiva. Os resultados da febre amarela se confirmaram em 28 cidades como Alagoinhas, Feira de Santana, Lauro de Freitas, São Gonçalo dos Campos e Paulo Afonso, além de Salvador.
“Quando temos um resultado positivo, a vigilância epidemiológica faz, imediatamente, o bloqueio do vírus. Entra o fumacê e o bloqueio vacinal. O resultado do laboratório em tempo hábil permite uma ação da vigilância e prevenção e o extermínio efetivo. Foi graças a essa interação que a gente não teve nenhum caso em humanos”, disse ela. (Correio24horas)