A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite que prefeituras baianas assinem convênios com o governo do Estado mesmo com inadimplência deixou em alerta o Palácio do Ondina. A proposta foi apresentada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel (PSD), que integra a base aliada do governador Rui Costa, e chegou a receber a assinatura de dispensa de formalidade pelo líder dos governistas na Casa, Zé Neto (PT). Porém, depois de receber uma ligação - supostamente da Casa Civil - o petista retirou o apoio. 

De acordo com deputados o texto deixa Rui em uma situação complicada, econômica e politicamente. Dos 417 municípios baianos, só 80 não têm nenhum débito e podem assinar convênios com o Estado, o que equivale a cerca de 20% das gestões. Dos outros 80%, grande maioria está endividada por causa de gestões anteriores, situação que foi agravada pela grave crise econômica do país. 


O problema de Rui é que se, por um lado, ele não pode ficar contra a PEC para não se indispor com os prefeitos, por outro o governo tem segurado o dinheiro das emendas impositivas dos deputados, principalmente em um momento de crise econômica do país. Esse, inclusive, seria o "trunfo" do governo: dizer que quer apoiar os gestores municipais, mas que a lei os impede.|Bahia Notícias

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