O vereador José Carlos Xavier Dos Santos, conhecido popularmente como Zé de Dite, autor do Projeto, suou a tribuna para defender a importância do mesmo para os artistas locais.

Nesta terça-feira (9), a sessão ordinária do Legislativo Municipal gerou polêmica. Em discussão o Projeto de Lei Nº 18/2017 que “ Estabelece a obrigatoriedade de contratação de cantores ou artistas locais na abertura de shows ou eventos musicais de artistas de reconhecimento nacional, nos eventos públicos e privados deste município, de autoria do vereador José Carlos Xavier dos Santos, conhecido popularmente como Zé de Dite.

O texto do Projeto está sendo debatido entre os vereadores, mas vem causando um desconforto entre os parlamentares e o mesmo terminou sendo barrado por interpretação jurídica e dos próprios parlamentares.

Depois da PL 18/2017 passar pelo Jurídico da Câmara, eis a conclusão do parecer assinado pelo advogado Carlos Eduardo O. Santos: “ diante das considerações apresentadas e principalmente pela inconstitucionalidade apontada, opinamos pela rejeição do projeto de lei. É o parecer ” - 02 de maio de 2017. 

Mesmo com este parecer a PL entrou em pauta nesta sessão (9) e gerou discursão entre os parlamentares presentes.

O autor da PL usou a tribuna para fazer suas considerações a respeito do projeto. “ este projeto não é contra os empresários do município. Ele é a favor dos artistas locais! Não prejudica nenhum vereador e nem o prefeito. Fico triste em saber que a política traz entrave ao projeto. O projeto ficou a disposição dos colegas para analisar e fazer possíveis alterações, mas lamento a falta de interesse de alguns nobres em que o mesmo fosse aprovado. Não  deram atenção! Peço apoio de vocês, mas todos estão livres para votar ou não!,”  concluiu   

Vereador Edilson Rocha
Alguns vereadores discutiram o projeto, entre eles:

Eliezer Salomé (PSC) - “sou a favor e não vejo nada de sete cabeças neste projeto. Se o gestor não quiser sancionar é um problema dele, mas eu apoio”, disse.

Gleibson Luiz (PEN) - “eu apoio o projeto, mas ressalvo que deve ajustar alguns pontos”, concluiu.

Edílson Rocha (PSL) - “apoio com ressalvas. Se tirar a obrigatoriedade do privado eu voto”, disse o líder do governo.

Osvaldo Pinho (PV) - “o projeto fere os princípios da lei. Alguns trechos são inconstitucionais,” pontuou.

Depois de longo debate, o presidente da Câmara, Jeovan Vieira (PRB) passou a ler o parecer da Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle. 

Leia trechos:...tal imposição apresenta-se em desacordo com o estabelecido no caput, no inciso IV no parágrafo único do art. 170 da Constituição Federa.” 

O Parecer conclui dizendo:portanto, após respaldo da assessoria jurídica desta Casa, esta comissão observa que o presente Projeto de Lei, fere o principio constitucional da livre concorrência e da livre inciativa e não poderá prosperar por afrontar diretamente a Carta Magna. Razão pela qual esta Comissão opina pela rejeição do Projeto de Lei nº 18/2017. Este é o nosso parecer, que deverá ser submetido ao Plenário respeitando, contudo, decisão dos demais membros desta Corte Parlamentar.

Este parecer teve a assinatura dos vereadores Claudeci Santos e Edilosn da Rocha.  


A PL foi retirada e será enviada ao Executivo!

Poste um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem