Ainda sem
solucionar o imbróglio com o governo estadual, a Federação dos Trabalhadores
Públicos do Estado da Bahia (Fetrab) vai se reunir em plenária na próxima
semana com as demais entidades do funcionalismo público. Nesta primeira
quinzena de maio, o sindicato vai decidir quando fará uma paralisação de 48
horas. Mas a presidente do sindicato, Marinalva Nunes, já adianta que a data
será ainda este mês. A pauta continua a mesma: reajuste salarial, que os
servidores do Estado não recebem há dois anos. Como justificativa, o governo
explicou que está impedido de fazer investimentos nesse sentido porque já
atingiu o limite prudencial previsto pela Lei de Responsabilidade de Fiscal
(LRF). Mas os servidores seguem em protesto, contestando ainda a inflação, que
vem sendo parcelada desde 2013. “O governador tem a imagem, na imprensa, de que
está pagando o salário em dia, mas não é isso que a gente quer discutir, não.
Não vamos esperar morrer de fome pra ter reajuste.
A
gente quer discutir a capacidade do Estado de assumir compromisso com quem faz
o serviço”, rechaça Marinalva em entrevista ao Bahia Notícias. Nas reuniões
previstas para as próximas semanas, o sindicato tem a missão de convencer os
profissionais da Segurança Pública para unificar e fortalecer a reivindicação.
A Fetrab acusa a categoria de declinar da causa após conquistas individuais.
“Os seguranças estão resistindo porque o governador deu um ‘cala a boca’ para
eles, aí o pessoal está na moita.
A
Polícia Civil tentou fazer uma carreira solo com delegados, mas não tiveram
sucesso”, critica Marinalva, que tenta atrair os representantes do setor para o
próximo ato. Apesar da demanda pelo apoio de profissionais de segurança
pública, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que as categorias
relacionadas ao setor são impedidas de participar de greves. A última
paralisação com foco na pauta estadual ocorreu no dia 6 de abril, quando cerca
de quatro mil pessoas saíram da Avenida Paralela em direção ao prédio da
Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). BN | Foto reprodução, google