Com
uma das taxas mais altas praticadas no mercado, o crédito rotativo do cartão
chegou ao fim. A partir de hoje entram em vigor as novas regras
anunciadas em março pelo Banco Central. Com isso, os usuários só poderão pagar
o valor mínimo da fatura uma vez e, em seguida, os bancos terão que oferecer
novas opções para o pagamento.
Até
agora, o consumidor que não paga a totalidade da fatura entra no crédito
rotativo, que corrige o saldo devedor com juros altos, até conseguir zerar a
dívida. Com a resolução do Conselho Monetário Naciona (CMN), o crédito rotativo
vai vigorar apenas até o vencimento da fatura seguinte. A partir daí, o saldo
devedor deverá ser parcelado em linha de crédito a ser oferecida pela
instituição financeira, com juros mais baixos.
Com
a mudança, a expectativa é de juros menores e redução da inadimplência entre os
clientes. Para o diretor-executivo de estudos e pesquisas da Associação
Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), José Miguel Ribeiro, a decisão de
acabar com o crédito rotativo é um benefício para os usuários. “Hoje o
consumidor entra no rotativo e fica rolando essa dívida dos 15% de juros do
mínimo ao mês. É uma dívida cara, que a pessoa não tem como pagar. Juros sobre
juros”, explica.
As taxas do rotativo são as maiores do mercado. De acordo com
dados do Banco Central, em fevereiro o juros do rotativo recuou e chegou a
481,5% ao ano, após atingir o recorde de 486,8% ao ano.
Opções
De acordo com o Banco do Brasil, quem financiar a fatura na instituição vai pagar taxas entre 3,13% e 9,38 ao mês. O cliente poderá escolher como será o parcelamento, ou acontecerá automaticamente em 24 meses. É possível também fazer o pagamento mínimo, composto de todo o saldo rotativo e de pelo menos 15% dos novos gastos. Já na Caixa, a opção do parcelamento terá taxas que variam entre 3,30% a 9,90% ao mês.
De acordo com o Banco do Brasil, quem financiar a fatura na instituição vai pagar taxas entre 3,13% e 9,38 ao mês. O cliente poderá escolher como será o parcelamento, ou acontecerá automaticamente em 24 meses. É possível também fazer o pagamento mínimo, composto de todo o saldo rotativo e de pelo menos 15% dos novos gastos. Já na Caixa, a opção do parcelamento terá taxas que variam entre 3,30% a 9,90% ao mês.
O Itaú Unibanco também colocou o valor integral do rotativo no
mínimo da fatura. Ou, se quiser, o correntista do banco pode quitar algum valor
entre uma parcela já calculada e o valor mínimo da fatura para entrar
automaticamente no parcelado - fixado em 12 vezes - a partir do mês seguinte.
No BB e no Itaú, não há parcelamento em caso de pagamento do mínimo. O restante
fica ‘rotativado’ para o mês seguinte.
Já no Santander, o pagamento mínimo passa a representar, ao menos, 15% da soma entre o saldo remanescente do mês anterior e os novos gastos, se existirem. O restante é automaticamente parcelado - de 4 a 18 vezes - na próxima fatura. Também é possível quitar somente o saldo do rotativo de uma vez, não entrando, assim, no parcelado. Com exceção deste último detalhe, o sistema do Bradesco, que usa parcelamento em 12 vezes, é semelhante ao do Santander.|correiodabahia
Já no Santander, o pagamento mínimo passa a representar, ao menos, 15% da soma entre o saldo remanescente do mês anterior e os novos gastos, se existirem. O restante é automaticamente parcelado - de 4 a 18 vezes - na próxima fatura. Também é possível quitar somente o saldo do rotativo de uma vez, não entrando, assim, no parcelado. Com exceção deste último detalhe, o sistema do Bradesco, que usa parcelamento em 12 vezes, é semelhante ao do Santander.|correiodabahia