Os servidores da Polícia Militar da Bahia decidiram em assembleia que a categoria vai participar das manifestações da Greve Geral em 28 de abril.  Entre as principais motivações para a decisão está a reforma trabalhista proposta pelo presidente Michael Temer e a PEC da Previdência Social, que retira o direito de aposentadoria especial dos policiais. 

“A reforma da previdência quer exigir dos policiais 49 anos de contribuição e 65 de idade, o que é um absurdo já que em nosso trabalho somos expostos a riscos constantemente. Já parou para imaginar como seria um polícia com mais de 60 anos com um fuzil de 30 quilos na mão correndo atrás de um bandido? Põe em risco a segurança da sociedade e do próprio profissional, é injusto com os servidores”, declarou Ary Alves, presidente da Associação dos Investigadores (ASSIPOC). 

A sentença do STF (Supremo Tribunal Federal) que proíbe greves e paralisações da polícia também foi determinante para o veredito. Ainda segundo o presidente, existe uma contradição na forma como a categoria está sendo classificada. “Ao mesmo tempo que querem proibir a greve sob a justificativa de que servidores profissionais diferenciados e responsáveis pela segurança da sociedade, querem retirar nossa aposentadoria especial, sob a justificativa de que somos servidores comuns”, explicou.

A assembleia aconteceu na manhã dessa terça (11), na Associação dos Funcionários Públicos (AFPBA), localizada na Carlos Gomes. Em forma de protesto, os servidores pretendem espalhar faixas na delegacia do Estado, mobilizar todas as unidades da polícia e marca presença na manifestação que ocorrerá na área do Iguatemi, e em outras cidades do interior da Bahia. 


Os policiais também decidiram que vão protestar contra a falta de retorno do Governo do Estado em relação ao Ante-Projeto de Reestruturação das Carreiras, entregue a SAEB em outubro do ano passado. O documento reivindica, principalmente, a reestruturação salarial, a aposentadoria com integralidade e paridade, e a remuneração aos servidores com mestrado, doutorado, ou outras pós-graduações.

O presidente do Sindicato Dos Policias Civis do Estado da Bahia (SINDPOC) Marcos Mauricio, declarou que diante da proibição do STF, as mobilizações servirão como uma substituição das paralizações e que não pretendem recuar até que as demandas sejam resolvidas.|correiodabahia

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