O empresário Eike
Batista, preso no fim de janeiro na Operação Eficiência, um
desdobramento da Lava Jato, foi solto na manhã de hoje (30) e já
está em casa no Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro. O empresário é
réu na Justiça Federal do Rio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e
organização criminosa.
Na
sexta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes
mandou soltar o empresário. No sábado (29), o juiz federal de plantão, Gustavo
Arruda Macedo, do 16º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro, determinou a
prisão domiciliar de Eike, que deve obedecer a nove medidas cautelares, entre
as quais afastar-se da direção das empresas envolvidas, em especial as do Grupo
X, e não manter contato com qualquer pessoa que seja ré ou investigada no processo
que tramita na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro ou em outros
processos relacionados à Lava Jato.
Segundo as investigações, Eike teria repassado 16,5
milhões de dólares em propina ao então governador do Rio, Sérgio Cabral, por
meio de contratos fraudulentos com o escritório de advocacia da mulher de
Cabral, Adriana Ancelmo, e uma ação fraudulenta que simulava a venda de uma
mina de ouro, por intermédio de um banco no Panamá. Em depoimento na Polícia
Federal, Eike confirmou o pagamento para tentar conseguir vantagens para as
empresas do grupo EBX, presididas por ele.|veja