No dia 11 de Novembro, os Kiriri comemoram a
reconquista do território de Mirandela, uma festa que já é tradição em toda
região da Bahia, nesse dia a comunidade recebe a visita de vários turistas,
representantes do poder público e de muitos parentes indígenas de várias
aldeias do Brasil.
O padroeiro da comunidade indígena Kiriri é Nosso
Senhor da Ascenção, os Kiriri tem como um dos seus maiores feitos históricos a
participação na Guerra de Canudos, e devido a sua obediência e amor aos
costumes os Kiriri conquistaram o respeito e a confiança do povo brasileiro, a
demarcação e homologação de suas terras, o direito a uma educação diferenciada
dentre outras.
Hoje, a pesar de estarem sempre enfrentando desafios, os Kiriri estão buscando se organizar mais, para que possam assegurar seus direitos enquanto índios e cidadãos brasileiros que cumprem com seus deveres. São muitos desafios, mas o que chama mais atenção nesse povo é a vontade de estar nos espaços onde as políticas voltadas para os povos indígenas estão sendo debatidas, ou seja, são quietos mas nunca alienados, são indígenas que estão sempre em busca do conhecimento.
Hoje, a pesar de estarem sempre enfrentando desafios, os Kiriri estão buscando se organizar mais, para que possam assegurar seus direitos enquanto índios e cidadãos brasileiros que cumprem com seus deveres. São muitos desafios, mas o que chama mais atenção nesse povo é a vontade de estar nos espaços onde as políticas voltadas para os povos indígenas estão sendo debatidas, ou seja, são quietos mas nunca alienados, são indígenas que estão sempre em busca do conhecimento.
Os fatos que mais
marcaram a história do povo Kiriri pode ser dividido nos seguintes anos: 1979 - Organização de uma roça
comunitária na Baixa da Catuaba, situada ao sul do Território indígena, na
estrada que liga o povoado de Mirandela ao município de Ribeira do Pombal,
caracterizada por forte incidência de ocupações de regionais. 1981 - Demarcação da Terra
Indígena Kiriri, com 12.320 ha. 1982 -
Ocupação da Picos, localizada no núcleo Lagoa Grande, maior fazenda no interior
do território kiriri, tida por posseiros e fazendeiros como baluarte na
ocupação das terras indígenas. Seu pretenso proprietário, Artur Miranda, era
apoiado por políticos da região e considerado pelos índios como o seu mais
crucial inimigo.
1985 - Ocupação de uma fazenda de 700 ha. no núcleo Baixa da Cangalha. 1986 - Os Kiriri interditam importante estrada de acesso de Mirandela ao povoado de Marcação, retirando todas as posses e roças de regionais ali localizadas. 1987 - A FUNAI indeniza e o INCRA reassenta 37 famílias de não-índios incidentes no território kiriri, nas fazendas Taboa e Serrinha, situadas no município de Quijingue. 1989 - 85% do território kiriri passa a compor o município de Banzaê, desmembrado de Ribeira do Pombal, em uma manobra política com o intento de “livrar” esse último município da presença indígena. Mirandela havia sido estrategicamente escolhida como sede do novo município. Todavia, mediante injunções na Assembléia Legislativa, em Salvador, os Kiriri conseguem obstar que a nova sede se situe nos limites da Terra Indígena.
1989 - Cerca de 50 famílias kiriri acampam nas cercanias de Mirandela, após terem suas moradias parcialmente destruídas por uma enchente. Mantêm-se permanentemente no local que se constituía, até 1995, em um núcleo de resistência e pressão frente aos não-índios então ocupantes de Mirandela. 1990 – A Terra Indígena Kiriri tem a sua demarcação administrativa homologada através do Decreto nº 98.828, de 15 de janeiro, sendo posteriormente realizada a regularização imobiliária – Reg. CI mat. 2969, livro 2m, f. 83, em 23 de março daquele mesmo ano.
1991 - A FUNAI indeniza algumas casas habitadas por não-índios em Mirandela e famílias kiriri as ocupam. 1995 – Os Kiriri ocupam Mirandela, retirando todos os não-índios ali incidentes. 1996 – Os Kiriri ocupam o povoado Gado Velhaco, situado a 2,5 Km de Mirandela. 1997 - Os não-indios desocupam o povoado Baixa da Cangalha. 1998 - Os Kiriri ocupam os povoados de Marcação, Araçá, Segredo e Pau Ferro, retirando as últimas famílias de não-índios residentes na Terra Indígena.| joilsoncosta
1985 - Ocupação de uma fazenda de 700 ha. no núcleo Baixa da Cangalha. 1986 - Os Kiriri interditam importante estrada de acesso de Mirandela ao povoado de Marcação, retirando todas as posses e roças de regionais ali localizadas. 1987 - A FUNAI indeniza e o INCRA reassenta 37 famílias de não-índios incidentes no território kiriri, nas fazendas Taboa e Serrinha, situadas no município de Quijingue. 1989 - 85% do território kiriri passa a compor o município de Banzaê, desmembrado de Ribeira do Pombal, em uma manobra política com o intento de “livrar” esse último município da presença indígena. Mirandela havia sido estrategicamente escolhida como sede do novo município. Todavia, mediante injunções na Assembléia Legislativa, em Salvador, os Kiriri conseguem obstar que a nova sede se situe nos limites da Terra Indígena.
1989 - Cerca de 50 famílias kiriri acampam nas cercanias de Mirandela, após terem suas moradias parcialmente destruídas por uma enchente. Mantêm-se permanentemente no local que se constituía, até 1995, em um núcleo de resistência e pressão frente aos não-índios então ocupantes de Mirandela. 1990 – A Terra Indígena Kiriri tem a sua demarcação administrativa homologada através do Decreto nº 98.828, de 15 de janeiro, sendo posteriormente realizada a regularização imobiliária – Reg. CI mat. 2969, livro 2m, f. 83, em 23 de março daquele mesmo ano.
1991 - A FUNAI indeniza algumas casas habitadas por não-índios em Mirandela e famílias kiriri as ocupam. 1995 – Os Kiriri ocupam Mirandela, retirando todos os não-índios ali incidentes. 1996 – Os Kiriri ocupam o povoado Gado Velhaco, situado a 2,5 Km de Mirandela. 1997 - Os não-indios desocupam o povoado Baixa da Cangalha. 1998 - Os Kiriri ocupam os povoados de Marcação, Araçá, Segredo e Pau Ferro, retirando as últimas famílias de não-índios residentes na Terra Indígena.|