Os senadores Lídice da Mata (PSB-BA), Randolfe Rodrigues
(REDE-AP), João Capiberibe (PSB-AP), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Regina
Sousa (PT-PI) e Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentaram nesta terça-feira (7) à
Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra Michel
Temer e novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco
(PMDB-RJ), por suposto crime de obstrução de Justiça.
Os
senadores questionam a nomeação de Moreira Franco para a recém-criada
Secretaria Geral da Presidência. Eles argumentam que há "propósitos
aparentemente escusos" para a escolha do peemedebista para o cargo.
Com
a nomeação, Moreira Franco passou a ter status de ministro e, consequentemente,
prerrogativa de foro privilegiado, o que impede qualquer investigação e ação em
âmbito da primeira instância da Justiça, passando a competência automaticamente
para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O
peemedebista foi citado em delação do ex-vice-presidente da Odebrecht Cláudio
Melo Filho, no âmbito da Operação Lava Jato, como beneficiário do esquema de
corrupção que devastou a Petrobras.
Os
senadores pediram que seja dado tratamento "igualitário" ao
presidente Temer e ao ministro Moreira Franco em relação à nomeação feita pela
ex-presidente Dilma Rousseff quando da indicação do ex-presidente Lula para o
cargo de ministro-chefe do Gabinete Civil. O ato foi revogado pelo Supremo. De
acordo com os senadores, da mesma forma, 'o presidente Michel Temer está
cometendo crime de obstrução da Justiça'.
Para
Lídice da Mata, "muitas ações foram desiguais, com vazamentos seletivos,
etc. É chegada a hora de cobrarmos da Justiça igualdade no tratamento destas
questões", disse a senadora baiana.|brasil247