A Justiça dos Estados Unidos determinou, na noite desse sábado (28), a
permanência nos Estados Unidos de refugiados e imigrantes de sete países
muçulmanos que estavam prestes a serem deportados em razão de uma ordem
executiva do presidente Donald Trump que barrava a entrada de cidadãos do
Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen.
Quando
a ordem do presidente Trump foi anunciada, na última sexta-feira (27), entre
100 e 200 pessoas estavam em voo para os Estados Unidos ou já se encontravam em
solo americano. Elas foram detidas e aguardavam ser deportadas, apesar de terem
visto para entrar no país.
Decisão pontual - A suspensão foi decidida pela juíza Ann Donnelly, da corte distrital de
Brooklyn, em Nova York, e vai contra o veto aplicado pelo presidente Donald
Trump à entrada de imigrantes e refugiados, principalmente de países com
população de maioria muçulmana. No entanto, a decisão da corte se limita a
autorizar que as pessoas atualmente detidas em aeroportos sejam liberadas.
Instâncias superiores da Justiça americana ainda vão examinar queixas de
advogados e instituições de direitos humanos contra o mérito da ordem executiva
do presidente Trump.
Minutos
após a decisão da juíza de Nova York, outra decisão foi tomada pela juíza
Leonie Brinnkema, em Alexandria, no estado da Virgínia, a respeito da ordem
executiva de Donald Trump . Ela suspendeu por sete dias a deportação de
qualquer pessoa, que chegue ao Aeroporto de Dulles, na Virgínia, e que disponha
do Green Card, a autorização para que a pessoa trabalhe nos Estados Unidos.
Passageiros
que chegarem a partir deste domingo podem ser detidos e deportados se não
houver nenhuma outra nova ordem da Justiça em sentido contrário. Na manhã deste
domingo, o Departamento de Segurança Interna divulgou um comunicado informando
que continuará aplicando a ordem executiva do presidente Donald Trump.
O
balanço do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos sobre o número
de pessoas afetadas pela ordem executiva até a noite de sábado é o seguinte:
375 passageiros foram afetados. Desse total, 109 estavam em trânsito para os
EUA e ao chegarem aos aeroportos tiveram a permanência negada; outros 173
viajantes tiveram a vinda ao território americano negada antes mesmo do
embarque, em algum aeroporto fora dos Estados Unidos; e as autoridades de
imigração deixaram entrar 81 passageiros com residência legal nos Estados
Unidos.
Protestos - O decreto
que proíbe os cidadãos de sete países predominantemente muçulmanos de entrar
nos Estados Unidos, não passou despercebido e provocou grandes protestos
em todo o país entre
a noite de sábado (28) e a manhã deste domingo (29).|Com
informações de agências - Foto - google