Além do coice, a queda. Esse é
um ditado popular, mas pode muito bem ser aplicado ao município de Cardeal da
Silva. Quando assumiu, a nova prefeita, Mariane Mercuri, já suspeitava que iria
encontrar muitas dificuldades, já que, nem mesmo informações básicas sobre as
pastas foram passadas pela gestão anterior no período da transição.
“Pegamos um município afundado no caos, com acumulo de lixo pelas ruas,
praças destruídas, ruas com iluminação precária, frota totalmente sucateada,
escolas depredadas, posto médico sem funcionar, professores sem receber 1/3 de
férias, falta de equipamentos nas repartições da prefeitura, obras inacabadas,
precatórios a pagar, além da falta de documentos do município”, afirmou
Mariane.
Para completar, o governo federal
sequestrou cerca de R$267 mil do Fundo de Participação dos Municípios (FPM),
que seria creditado hoje, dia 10, em razão de compromissos financeiros não
honrados pela administração anterior.
A prefeita disse, ainda, que
não tem conhecimento sobre outros débitos deixados pela administração anterior,
motivo pelo qual, seria impossível estimar o total das dívidas. “A gestão
passada se negou a fornecer as informações necessárias da verdadeira realidade
do município e, a cada dia, aparecem novos problemas. Como é que podemos
assumir compromissos nesta situação? Vamos precisar de um tempo para colocar a
‘casa em ordem’”, explicou.
Para Mariane, a ex-prefeita
Maria Quitéria, como presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB) e gestora
do município por oito anos, deveria “dar o exemplo”. “A ex-prefeita Maria
Quitéria teve tudo a seu favor para desempenhar um bom trabalho, mas o que
recebemos foi um município completamente mergulhado em débitos e com vários
problemas”, lamentou.
Diante deste quadro, a
prefeita Mariane Mercuri estuda decretar estado de emergência financeira e
administrativa no município. Por
Marcelo Oliveira | SECOM: Cardeal da Silva.
Marcelo Oliveira | SECOM: Cardeal da Silva.