A Petrobras mudou contratos de fornecimento de GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha, com as distribuidoras e, em consequência disso, o produto vai ficar mais caro para o consumidor brasileiro.

A petroleira explicou que não se trata de uma mudança na tabela de custos do gás de cozinha, mas de um ajuste nos gastos com a logística, antes bancados exclusivamente pela companhia.

Isso vai se refletir no preço para o consumidor, mas a Petrobras assegura que o reajuste não passará de R$ 0,70 no caso dos botijões de 13kg — referência para o uso residencial do produto, já que condomínios costumam comprar gás em maior escala.

Em média, um botijão de gás custa R$ 55, mas varia de acordo com a região do País. Nesse caso, garante a petroleira, o aumento médio será de R$ 0,20.

A Petrobras informou que “esse movimento é importante para evitar distorções e estimular investimentos na cadeia de logística”.

A decisão da Petrobras de revisar os contratos com as distribuidoras de gás vai na contramão da política de preços para a gasolina e o diesel. Há duas semanas, a petroleira anunciou a redução dos preços em 3,2% e 2,7%, respectivamente, para as refinarias.

Leia a nota da Petrobras na íntegra:

“A Petrobras não fez qualquer mudança na tabela de custos do GLP, que continua tendo a mesma tarifação.

No entanto, a companhia alterou os contratos de fornecimento de GLP com as distribuidoras para melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam por elas ser cobertos, mas que eram suportados pela companhia. Na prática, está se reduzindo subsídios às distribuidoras de GLP. É um movimento semelhante ao que foi realizado há dois anos para os contratos de fornecimento de diesel e gasolina.

O impacto estimado pela Petrobras sobre os preços do botijão de 13 kg, que é a referência para uso residencial, é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. Isso representa 0,36% no preço de um botijão que custe R$ 55,00, por exemplo. De acordo com cálculos internos, o impacto máximo, desconsiderando a média nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão em nenhum ponto do país.


Esse movimento é importante para evitar distorções e estimular investimentos na cadeia de logística. Um exemplo é a estocagem: nas entregas feitas por cabotagem, muitas vezes o GLP é armazenado em tanques da Petrobras. O preço cobrado de quem usa a infraestrutura da companhia era o mesmo aplicado a clientes que não usam. A partir de agora passa a ser diferenciado, sendo inferior para quem dispõe de infraestrutura própria ou carrega o GLP direto do navio da cabotagem, estimulando as distribuidoras a investirem em armazenamento. Há exemplos similares no uso de dutos e de estações de carregamento de GLP da companhia.”|r7.com

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