Parlamentares do PT e do PCdoB
entraram com ação na Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta segunda-feira
(21), pedindo o afastamento do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira
Lima. Também foi apresentado um requerimento no Plenário e na Comissão de
Educação, Cultura e Esporte (CE), pedindo esclarecimentos a Geddel e ao
ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero.
Os autores da petição afirmam que a
denúncia de que Geddel teria tentado influenciar as decisões do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ipphan) e do Ministério da Cultura -
denúncia essa feitas pelo ex-ministro Calero em entrevista ao jornal Folha
de S. Paulo – caracterizaria crime de concussão. De acordo com o
Código Penal, concussão é o ato de exigir para si ou para outrem, dinheiro ou
vantagem em razão da função, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
Para o líder do PT no Senado,
Humberto Costa (PE), a manutenção de Geddel no ministério é uma “atitude
equivocada e de altíssimo risco” para o governo, podendo inclusive caracterizar
prevaricação e crime de responsabilidade por parte do presidente Michel Temer.
Assinam o documento, além de Humberto
Costa, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE) e Vanessa
Grazziotin (PCdoB), e os deputados Afonso Florence (PT-BA) e Jandira Fegali
(PCdoB-RJ).|senadonoticias