A administração cezista precisa agir
rapidamente e instalar nos próximos dias, assim que os fogos juninos pararem de
espoucar, uma comissão de sindicância do Minha Casa Minha Vida. Não dá para
fingir que nada está acontecendo e que a gestão do programa em Alagoinhas é
republicana.
A cidade inteira sabe que não é assim que a banda toca. O MCMV
desafinou completamente no município e seus objetivos foram subvertidos,
transformando o programa em coisa de comadres, como se fosse admissível tratar
aquilo que é público apenas a partir dos interesses privados e familiares.
O governo continuará sangrando se não tomar as providências que a
seriedade da situação exige. Não há mais espaço para compadrios e fingimentos.
O tempo urge e a responsabilização pelos desmandos é tarefa inarredável da
comissão de sindicância, não para inglês ver e sim com objetivo de oferecer
respostas à opinião pública alagoinhense, principalmente aos que foram
relegados a posições secundárias pelos gestores do programa e não concorreram
em condições de igualdade com os protegidos.
Vacilações neste momento apenas agravarão o quadro de completa
suspeição do programa. Ninguém, a não ser a Velhinha de Taubaté, antológico
personagem de Luís Fernando Veríssimo, que na década de 80 do século passado
era a única que acreditava na seriedade dos dirigentes brasileiros, tem fé nas
boas intenções dos gestores locais do Minha Casa Minha Vida.
O fiapo de crença que existia foi por água abaixo com as três
matérias do Alagoinhas Hoje, que não retrataram, certamente, a totalidade das mazelas
que prejudicaram um número não contabilizado de famílias alagoinhenses.
Os prejuízos existem e as autoridades devem mensurá-los. Que a
comissão de sindicância cumpra, de verdade, o seu papel. Foto e texto - alagoinhashoje