Começou
pontualmente às 14 horas, no plenário da Câmara dos Deputados, a sessão em que
513 deputados começam a decidir o futuro político da presidenta Dilma Rousseff.
Desde a última sexta-feira (15), foram mais de 42 horas de debates para que a
Câmara decida hoje (17) se autoriza ou não o processo de impeachment de
Dilma. A sessão foi aberta com quórum de 265 parlamentares.
A
sessão foi aberta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que
destacou o rito que será adotado neste domingo. Logo no começo da sessão, o
relator do processo na Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair
Arantes (PTB-GO), terá 25 minutos para reapresentar os pontos principais de seu
parecer, favorável ao impedimento da presidenta da República.

Após a
apresentação de Arantes, os 25 líderes de partidos representandos na Casa terão
direito a falar. Cada um terá entre três e 10 minutos para suas considerações e
para orientar a bancada. O tempo varia conforme o número de deputados de cada
legenda na Casa. A expectativa da Mesa da Câmara dos Deputados é que a votação
propriamente dita comece por volta de 16h30.
Conforme
determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão extraordinária
realizada na última sexta-feira, a votação seguirá conforme o regimento interno
da Câmara, com chamada alternada de deputados da Região Norte para a Sul.
Em
cada estado, a chamada será nominal, por ordem alfabética. Assim, deputado Abel
Mesquita Jr (DEM), de Roraima, será o primeiro a votar. Alagoas será o
último estado a se manifestar, com o deputado Ronaldo Lessa (PDT), que
encerrará a primeira chamada de votação. Para os parlamentaras que perderem a
primeira chamada, haverá uma segunda convocação para que se manifestem.
Clima
Enrolados
em bandeiras do Brasil ou de estados brasileiros e com cartazes pró e contra oimpeachment,
os dois lados garantem que têm votos suficientes. Na oposição, o clima é de já
ganhou. Por volta das 13h, parlamentares favoráveis ao impeachment diziam
ter 370 votos. São necessários 342 para que o processo vá adiante. “Temos
absolta certeza de que os votos para a aprovação do impeachment na Câmara dos Deputados estão
absolutamente consolidados. A conversa que o governo está fazendo agora é
cortina de fumaça para tentar desviar a atenção de que não teremos os votos
para aprovar o impeachment”,
disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).
Às
vésperas da sessão de hoje, até os governistas, que evitaram nos últimos dias
falar em número de votos, arriscaram um placar: “Estamos seguros de que hoje à
tarde a democracia brasileira vai ser vitoriosa aqui na Câmara. Com a
responsabilidade que tenho como líder e parlamentar do Nordeste e,
princialmente por essa junção de compromissos que foram se firmando nas últimas
72 horas, não tenho a menor dúvida de que nós não temos menos de 200 votos no
plenário, portanto está longe da oposição ter os 342”, disse o líder do governo
na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).|agenciabrasil - Fotos: uol