O prefeito ACM Neto (DEM) comemorou ontem a
decisão da Câmara de abrir o processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff (PT). Para o democrata, a votação reflete um desejo da maioria
do povo brasileiro.

O prefeito ainda criticou a dificuldade da
presidente de dialogar com a oposição e setores da sociedade. “A presidente
Dilma teve todas as chances de admitir que errou e abrir um diálogo com a
oposição e com todos os setores da sociedade brasileira para enfrentar a grave
crise econômica e constitucional em que mergulhou o país junto com o seu
partido, o PT. Mas ela preferiu apostar no confronto político e na manutenção
da incompetência administrativa. Dilma está caindo pela força das ruas e foi
derrubada por sua própria base de partidos, que ela não soube administrar”,
disse.
Neto afirmou ainda que espera que o
vice-presidente Michel Temer (PMDB) tenha “compromissos com a Bahia e com
Salvador compromissos com a Bahia e com Salvador”.
Já o governador Rui Costa (PT) lamentou a
decisão da Câmara e teceu duras críticas ao vice-presidente e ao presidente da
Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB). Segundo ele, os peemedebistas
são “conspiradores. “É um momento muito difícil para o país. É triste ver
uma sessão na Câmara dos Deputados presidida por alguém como Eduardo Cunha,
numa trama orquestrada ao lado vice-presidente Michel Temer, que soube liderar
uma verdadeira conspiração”, atacou.
No entendimento do petista, é hora de
continuar trabalhando muito, pois “só desta maneira reencontraremos o caminho
para a retomada do desenvolvimento e geração de emprego”. O governador
reafirmou que continuará sendo “intransigente” na defesa dos interesses da
Bahia e do povo baiano. “Mesmo quem apoia a presidenta Dilma Rousseff, como eu,
sabe que há várias questões a serem resolvidas no Brasil.
A desintegração da nação não interessa às
pessoas de bem e significará, para todos, a derrota. O País não pode parar. Não
vamos deixar as disputas políticas desviar nosso principal objetivo: melhorar a
vida das pessoas”, afirmou. “Nosso esforço não para, porque as pessoas
mais necessitadas não podem esperar. Vamos trabalhar, vamos produzir, gerar renda
e empregos. O Brasil está acima de tudo”, pontuou.|tribunadabahia