Mais de 80 municípios na Bahia já
demitiram servidores, este ano, para cortas gastos. A estimativa é da
presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria (PSB). Para
Quitéria, o número pode aumentar com a chegada do 13º salário – que representa
um gasto a mais para as pequenas cidades. “Não queríamos estar passando por
essa situação, muitos municípios demitiram gente. Isso acaba tornando os
prefeitos impopulares”, constatou. Para a presidente, 2015 é “o pior ano fiscal
para os municípios”. “Os gastos só aumentam, com os aumentos de salários, mas
os repasses do governo federal diminuem. Ou a gente reconquista essa ajuda do
governo federal ou não tem como se manter até o final do ano”, previu. Em
agosto deste ano, ainda segundo a presidente da UPB, os municípios perderam 38%
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Com os cortes, a expectativa é
que em 2016 aconteça uma “chuva” de reprovação de contas dos gestores. “A gente
tem que fazer um debate com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), pois os
índices de investimentos constitucionais continuam, mesmo com a perda das
nossas receitas”, indicou.
Com a situação caótica, a presidente da UPB afirmou
que, no final do mês, as prefeituras baianas decidirão se irão paralisar as
atividades administrativas por alguns dias, em forma de protesto e economia.