A
presidente Dilma Rousseff tem discutido dentro do governo a redução no número
de ministérios (atualmente, são 39), mas não levará adiante uma reforma na
estrutura administrativa enquanto ainda estiver enfrentando a crise política
aguda. Segundo ministros de Dilma, será preciso aguardar um momento de maior
calmaria para desencadear o processo de redução de pastas, já que se considera
inevitável que a medida provocará contrariedade entre os aliados que perderão
cargos.
A
reforma, no entanto, já começa a ser tratada publicamente. Em
entrevista publicada no GLOBO na segunda-feira, o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a presidente não é contrária à redução de
ministérios. No mesmo dia, indagado sobre o tema após a reunião com Dilma, o
ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse que o enxugamento da máquina pública e
a redução dos gastos do governo são bem-vindos, e que a presidente está
traçando cenários com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
—
Sobre a fusão e redução de ministérios, diria que é uma preocupação constante
de qualquer governo e deste. É sempre positivo você fazer a racionalização da
máquina, mas hoje realmente não teve nenhuma discussão objetiva sobre pasta A
ou B, fusão dessa com aquela. Mas diria que o guarda-chuva da boa gestão e da
racionalidade vai estar sempre presidindo, principalmente num momento de
dificuldade. Então, sempre que você puder, sem prejuízo político, fazer redução
de custos, acho que é sempre bem-vinda — argumentou Wagner. Veja no oglobo