Reconduzido
para mais dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), depois
de uma aprovação com folga no Senado, Rodrigo Janot já estabeleceu as novas
frentes de atuação na Lava-Jato. A PGR planeja um segundo inquérito para
investigar outras suspeitas relativas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), já denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro.
O
grupo de trabalho que auxilia o procurador-geral também suspeita que o senador
Fernando Collor (PTB-AL) cometeu outros crimes — além de corrupção passiva,
peculato e crime contra a lei de licitações já denunciados ao STF —, e passou a
investigá-los no inquérito ainda em andamento. E novas denúncias contra
políticos com foro privilegiado estão previstas para o próximo mês.
Além disso, a quantidade de inquéritos abertos para investigar
autoridades com foro vai aumentar nos próximos dias. Janot enviou ao STF novos
pedidos de abertura de inquérito, com base na delação premiada do empreiteiro
Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e apontado como o chefe do cartel que
fatiou contratos na Petrobras e em outras estatais. O ministro Teori Zavascki,
relator do caso no STF, está prestes a decidir sobre os pedidos. Veja mais no oglobo