O PSDB cobrou do governo de Dilma Rousseff “a imediata condenação às atitudes antidemocráticas cometidas pelo regime bolivariano” do presidente Nicolás Maduro, da Venezuela. Fez isso em nota assinada por seu presidente, Aécio Neves, e pelos líderes Cássio Cunha Lima (Senado) e Carlos Sampaio (Câmara). “Consideramos inconcebível que um país-membro do Mercosul continue a desrespeitar as cláusulas democráticas que regem o bloco sem que os demais integrantes, como é o caso do Brasil, sequer se pronunciem a respeito”, anotaram.

A manifestação do tucanato veio nas pegadas da prisão de mais um oposicionista do governo Maduro, Antonio Ledezma. Para o PSDB, a falta de um mandado judicial deu ao episódio ares de um sequestro. “Sob pretextos vagos, opostitores têm sido detidos ou mesmo sequestrados, como aconteceu ontem com o prefeito da área metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma —preso mediante coação e sem qualquer ordem judicial. Abusos já vitimaram antes Leopoldo López e a deputada María Corina Machado.”


Para o senador Cássio Cunha Lima, a inação de Dilma diante da escalada de “arbitrariedades” praticadas pelo governo de Maduro já não pode ser caracterizada como mera displicência. “O que há, claramente, é uma relação de inadmissível cumplicidade”.|josiasdesouza

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