Pelo menos 81 parlamentares federais deixarão de responder processos abertos
no Supremo Tribunal Federal (STF) contra eles porque não se reelegeram e já não
têm, desde sábado, direito ao foro privilegiado. As ações e inquéritos irão
para outras instâncias da Justiça. Ao todo, 228 deputados e 23 senadores deixam
de ser parlamentares, sendo que alguns renunciaram anteriormente para assumir
outros cargos. Ao todo, quatro senadores e 77 deputados eram processados ou
investigados no STF.
Há na lista crimes desses parlamentares de
homicídio a trabalho escravo. São acusados de assassinato os agora ex-deputados
Júlio Campos (DEM-MT), Alexandre Roso (PSB-RS) e Paulo César Quartiero
(DEM-RR). Respondem por trabalho escravo João Lyra (PSD-AL), Camilo Cola
(PMDB-ES) e Urzeni Rocha (PSD-RR). A maior parte dos procedimentos contra
parlamentares é por crimes contra a administração pública, como peculato,
corrupção, contra a lei de licitações, ou eleitorais.
Dois viraram
governadores
Dos 81 ex-parlamentares que
perdem o foro, 66 responderão às acusações na primeira instância, da mesma
forma que os demais cidadãos. Dois foram eleitos governadores e serão
processados no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os demais ocupam cargos que
os permitem responder perante os Tribunais de Justiça de seus estados. Os
parlamentares são de 19 partidos e somente no estado de Sergipe não foi
encontrado ninguém nessa situação. | Veja mais no oglobo