Depois de mais de 50 anos de ruptura, os Estados Unidos e Cuba iniciam a retomada de relações diplomáticas, informaram ambos os países nesta quarta-feira (17). 

"Pretendemos criar um novo capítulo nas relações entre os países", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, ao abrir o seu discurso.

Ele destacou que a barreira ideológica e econômica entre os dois países, desde 1961, não faz mais sentido, em referência ao regime socialista da ilha. Obama citou que o país "deve se preocupar com ameaças reais, como os grupos extremistas Al Qaeda e Estado Islâmico".

"Esses 50 anos mostraram que o isolamento não funcionou, é tempo de outra atitude", frisou Obama. No seu discurso, Obama usou expressões em espanhol. "Os cubanos têm um ditado: 'No és facil', ou 'não é fácil', mas hoje os Estados Unidos querem ser um parceiro no sentido de tornar a vida dos cubanos comuns um pouco mais fácil, mais livre, mais próspera", disse. "Todos somos americanos", concluiu em espanhol. 

Em Havana, o líder destacou que o governo concordou em restabelecer as relações diplomáticas e que havia proposto aos EUA "a adoção de medidas neutras baseadas nas leis cubanas" neste processo.


Castro enfatizou, entretanto, que "há ainda muito trabalho a ser feito". "O embargo continua por enquanto, causando prejuízos enormes ao nosso povo. Isso precisa acabar."

Obama e Castro já haviam conversado mais cedo nesta terça-feira (16) por telefone para discutir os planos da libertação do cidadão norte-americano Alan Gross, um agente de inteligência e de três cubanos presos nos Estados Unidos.
Texto UOL | Imagem: Internet (Obama cumprimenta presidente cubano, Raúl Castro, antes de dar o seu discurso nomemorial serviço, um gesto sem precedentes entre os líderes das duas nações que tenham sido em conflito há mais de meio século)

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