Completa um
quarto de século a queda do Muro de Berlim, o acontecimento símbolo do fim da
Guerra Fria e da divisão de boa parte do mundo em dois blocos.
Vinte
e cinco anos depois da queda do muro, a Europa ainda é o lugar mais seguro e de
melhor qualidade de vida, na média. Não é a região que mais cresce, mas é ainda
o sonho de quem quer uma vida melhor.
Essas
relativas paz e prosperidade são garantidas pela Alemanha, justamente o país
onde o drama do muro dividia o mundo. Onde o sistema comunista encontrava uma
barreira e onde o Ocidente buscava reforçar as lições democráticas.
É
a Alemanha o país que mais restrições faz hoje a qualquer envolvimento militar
no cenário mundial. O muro caiu num movimento de festa e comemoração ainda sob
um governo comunista, de um chefe enfraquecido e que se revelou corrupto.
O
que se viu depois foi que os governos comunistas na Europa desmoronaram. Uns
pacificamente, outros em conflitos. Segundo o jornal Financial Times, onde a
transição foi pacifica, a prosperidade voltou mais rapidamente. No resto do
mundo, curiosamente, existem governos comunistas onde parece que as lições do
muro nunca chegaram.
É
o caso da Coreia do Norte e outros poucos países que são exemplos de baixo
crescimento. A Alemanha pagou um alto preço pela união das duas metades que o
muro separava. Ainda hoje existem diferenças. O lado ocidental mais prospero
que o ex-comunista e, na história de Berlim, o muro é uma cicatriz. g1 | Foto: loucospelagringa