O total gasto
em campanha pelos deputados e senadores eleitos para assumir em 2015 chegou a
R$ 1,1 bilhão, segundo dados do Estadão. O períodico alcançou este número com base na
prestação de contas dos candidatos, divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). O montante é 11% maior em relação a Eleição de 2010, descontada a
inflação do período. O dinheiro vem principalmente de empresas, fator que a
reforma política promete pôr fim.
Segundo o Estadão, a campanha dos deputados neste pleito
foi 34% mais cara e dos senadores 16%. Isso significa em cifras, R$ 200 milhões
a mais arrecadados em comparação a 2010. No total, os candidatos a uma vaga na
Câmara angariaram R$ 721 milhões e ao Senado, R$ 124 milhões para 27 novos
senadores. O valor dos candidatos ao Senado é somado aos R$ 274 de 54 eleitos
em 2010, pois eles têm mandato de oito anos. Esta soma leva ao total de R$ 1,1
bilhão.
Eleger
deputados e senadores nunca foi tão caro, mas essa questão tem sido observada
em anos anteriores. A cada pleito, uma campanha custa mais, tanto para deputado
quanto para senador. Aqueles que pleiteiam uma vaga no Parlamento têm três
opções de financiamento: doação de empresas (pessoas jurídicas), doação de
pessoas físicas (a maioria os próprios candidatos) e o Fundo Partidário
(dinheiro do Tesouro Nacional).
Empresas financiadoras
Os
maiores financiadores são mesmo as empresas. A cada R$ 4 gastos, R$ 3 foram
doados por empresas. Dos R$ 721 milhões usados pelos deputados, R$ 533 milhões
saíram de pessoas jurídicas. Isso representou este ano, 77% do valor gasto em
campanhas. Portanto, se o Supremo Tribunal Federal (STF) estivesse votado a
proibição de doações empresariais para campanhas políticas, quase todo o
montante seria ilegal, não poderia ter sido recebido pelos candidatos. Essa
proibição é o principal ponto a ser debatido na reforma política, tão
mencionada nas eleições deste ano.
As principais
empresas doadoras são grandes nomes como a JBS (frigorífico), grupo Vale, Ambev,
empreiteiras, e bancos como Itaú e Bradesco. Entre 4.422 empresas
doadoras, 67 ou 1,5% delas doaram 50% de tudo o que foi gasto pelos candidatos. cnm | Foto da internet