Apesar de
estar fora do horário de verão, que começa no próximo domingo, a interatividade
da Bahia com as regiões sul e sudeste obrigam mudanças na rotina dos baianos.
Parte do Brasil terá que adiantar o relógio para acordar mais cedo e dormir
mais cedo.
Apesar de não
precisar fazer isso, os baianos não estão livres das mudanças na rotina, já que
bancos, lotéricas e a maioria das empresas estarão conectados com o horário de
verão.
É preciso
ficar atento às mudanças para não passar por transtornos. Quem está acostumado
enfrentar filas em bancos e casas lotéricas para pagar contar e fazer apostas é
preciso atenção.
Segundo a
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a partir de segunda-feira, as
agências de Salvador e Região Metropolitana terão o horário de funcionamento
antecipado, ou seja das 9h às 15h.
“É ruim para
a gente. Muitos saem do trabalho correndo para conseguir pagar alguma coisa,
mas com esse horário fica impossível”, reclamou a operadora de caixa Tamiris
Barbosa, 27 anos.
De acordo com
a Febraban, não haverá alteração no horário de abertura e encerramento nas
cidades de Salvador, Candeias, Camaçari, Dias D’Avila, Itaparica, Lauro de
Freitas, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Simões Filho e Vera
Cruz. Nas regiões que seguem com alteração, a Caixa Econômica Federal vai
afixar o horário de atendimento nas agências e nos postos aos clientes.
As empresas
de telemarketing, os voos nacionais e os Correios terão horários ajustados de
acordo com as mudanças. “Seria mais fácil se a Bahia também estivesse
participando do horário de verão. Assim todos ficaram com o mesmo período para
resolver os problemas. Vai levar um pouco de tempo para a maioria das pessoas
acostumar”, disse o aposentado Romilson Santos, 58.
Pela terceira
vez consecutiva, a Bahia ficará fora do horário de verão conforme afirmou o
governador Jaques Wagner. Segundo ele, a decisão foi tomada devida a “rejeição”
de grande parte da população em adiantar os relógios como também a baixa
economia de energia que a adesão ao horário alternativo gera. O Ministério de
Minas e Energia (MME) estima uma economia 2.595 megawatts (MW) até 22 de
fevereiro.
Apesar da
decisão do executivo, as federações do comércio, indústria e agricultura da
Bahia pediram reunião com o governador para tentar reverter a decisão.
A principal
motivação seria a perda da produtividade dos setores, já que, segundo eles, 80%
das relações comerciais da Bahia são feitas com estados das regiões Sul e
Sudeste.
Em entrevista
à Tribuna, o presidente da Associação Comercial da Bahia, Marcos de Meirelles
Fonseca, lamentou a decisão. “É uma perda para a Bahia porque ninguém está fora
do circuito financeiro nacional. Lutamos muito para que isso não acontecesse.
Lamentamos que a decisão política do governador tivesse resultado nisso, mas a decisão
dele é soberana e não podemos contestar”, disse.tribanadabahia