O PSOL, partido da presidenciável derrotada Luciana Genro, inovou
ao deliberar sobre seu posicionamento no segundo turno da eleição. A legenda
não ficou em cima, mas pendurada no muro. Em nota, vetou o apoio ao candidato tucano: “Nenhum
voto em Aécio”. E fez restrições à opção petista: “Dilma não nos representa”.
Mas absteve-se de vetá-la, orientando os “militantes a tomarem livremente sua
decisão”.
Curioso
o processo de deliberação do PSOL. Do alto do muro, a legenda contemplou os
dois lados. Decretou: do lado do Aécio ninguém desce. Beleza. Pendurou-se do
lado de Dilma. E gritou para os militantes: companheiros, quem quiser que pule.
Mas convém tapar o nariz!
Ao
final de uma campanha em que Luciana Genro brandiu certezas nos debates e nas
entrevistas, o PSOL deixa no ar uma dúvida decepcionante: afinal, o partido é
feito de mentes abertas ou vazias?josiasdesouza