A contagem regressiva começou. Com as campanhas suspensas, como
forma de dar tranquilidade para a reflexão dos eleitores, menos de 72 horas
separam 140 milhões de brasileiros das urnas eletrônicas do domingo 5. Será a
sétima eleição presidencial direta desde a redemocratização do País, em 1985 –
e, sem dúvida, a de prognóstico mais difícil de ser apontado. Ao longo dos dois
meses de campanha eleitoral pela televisão, além dos quase dois anos em que,
desde o lançamento informal de Aécio Neves, pelo ex-presidente Fernando
Henrique, a disputa, na prática, começou, tudo o que se sabe é que tudo pode
acontecer no domingo.
Segundo pesquisa Datafolha
divulgada na quinta-feira 2, Dilma tinha 40% de intenções de voto, mas os
porcentuais mais debatidos foram os de Marina e Aécio, respectivamente com 24%
e 21%. Uma situação de empate técnico.
De acordo com o Ibope veiculado
também ontem, as projeções de votos válidos davam a Dilma 47%, contra 28% para
a adversária do PSB e 22% para o senador tucano. Nesse quadro, não é exagero
considerar a vitória de Dilma já em primeiro turno. Nas últimas pesquisas
Ibope, a presidente empreendeu uma escalada de 42%, 43%, 45% e, agora, 47% de
intenções na tabela dos votos válidos, quando são desconsiderados os brancos e
nulos. Para ela, assim, faltariam 3 pontos percentuais mais um voto para
encerrar a disputa no primeiro turno.
Para o Datafolha, também é de 3
pontos percentuais a diferença entre Marina e Aécio. Significa dizer que uma
pequena variação na escolha dos eleitores pode configurar uma completa mudança
na eleição. Se Dilma é dada como presença certa no segundo turno, ela também
tem chance de resolver a eleição no domingo 5. Mesmo momento em que se saberá
qual vai ser o adversário dela na segunda volta. Hoje, as pesquisas ainda dizem
que é Marina, mas depois de amanhã os votos podem determinar que é Aécio.brasil247