O PSDB leva ao ar a partir da noite desta terça-feira inserções publicitárias que, justapostas, se parecem muito com uma declaração de guerra. As três peças que inauguram a série, disponíveis acima, resumem o governo de Dilma Rousseff como uma espécie de apoteose ao contrário. Um antiespetáculo em que a incompetência e a corrupção se misturam sob atmosfera de fim de ciclo. “Já deu”, diz um locutor no encerramento de uma das peças. “Ou a gente para isso ou isso para o Brasil.” O pano de fundo é um copo cheio d’água. O locutor vai enfileirando os defeitos que o tucanato enxerga na gestão Dilma: Inflação demais… Saúde de menos… . Para cada flagelo, uma nova gota despenca sobre o copo, já na bica de transbordar. Corrupção demais… Segurança de menos… Presidente do PSDB e antogonista de Dilma na corrida presidencial, Aécio Neves protagoniza as outras duas peças. Nelas, o partido e seu candidato realçam duas antiapoteoses específicas: a Petrobras e a inflação. Há um quê de vingança nesse par de inserções. Em campanhas anteriores, o PT insinuou que, eleitos, os candidatos do PSDB prevatizariam tudo, da Praça dos Três Poderes à Petrobras. Agora, num instante em que a estatal petroleira frequenta as manchetes como um feudo de aliados aportuni$tas, Aécio vai à forra: “O que nós queremos é salvar a Petrobras, é devolvê-la aos brasileiros.” E o locutor: “Se trabalhar direito, o Brasil tem jeito”.


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