O presidenciável tucano Aécio Neves está otimista. “Vai haver segundo
turno”, ele afirma. “Não há razão para não haver segundo turno”, ele enfatiza.
Num confronto direto contra Dilma Rousseff, “quem for para o segundo turno
passa a ser favorito e vence as eleições”, ele vaticina. Candidato de
mostruário, Aécio invoca um par de autocritérios para sustentar que o
adversário de Dilma será ele, não o amigo Eduardo Campos (PSB). “Achamos que,
pela estrutura que temos, pela clareza das nossas propostas, temos melhores
condições de chegar no segundo turno.”
Em entrevista ao blog, Aécio animou-se a antecipar os planos inaugurais
de sua hipotética gestão. “Eu quero, no primeiro dia de um eventual mandato,
propor três temas da reforma política”, disse. “São necessários para que haja
uma relação minimamente estável entre Legislativo e Executivo.” Uma de suas
ideias é a de acabar com a reeleição .—por ironia, um instituto empurrado para
dentro da Constituição sob o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Aécio
sugerirá que os mandatos passem a ser de cinco anos, com eleições unificadas.
Os outros temas que Aécio promete incluir na sua reforma inaugural são:
1) cláusula de desempenho para os partidos políticos. Para ter acesso às verbas
do fundo partidário e à propaganda no rádio e na tevê, a legenda teria de obter
um percentual mínimo de votos (5%) em pelo menos nove Estados. 2) voto
distrital misto. Aécio quer “metade do Parlamento eleito por distritos, em voto
majoritário. E metade em lista partidária”.