Conta é apenas de
2008 a 2012, segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, que apurou gastos
médios com tratamentos médicos e odontológicos de senadores, ex-senadores e,
claro, seus parentes; moralizador José Agripino Maia (DEM-RN), pastor Marcelo
Crivella (PR-RJ), botocado Milton Cabral (sim, este ex-senador cobrou do Senado
duas aplicações do rejuvenescedor) e até intocável Pedro Simon espetaram contas
de seus tratamentos no plano de saúde do Senado; ali é mesmo o paraíso na
terra, mas até quando?
De acordo com
reportagem divulgada neste domingo 9 pelo jornal o Estado de São Paulo, as
contas de planos odontológicos e de saúde dos senadores brasileiros custaram,
em média, R$ 6,1 milhões ao ano entre 2008 e 2012.
Primeiro a defender
a moral e os bons costumes na tribuna do Senado, em posição semelhante ao do
tristemente famoso moralista Demóstenes Torres, José Agripino Maia, presidente
do DEM, espetou uma conta de R$ 51 mil, em 2009, referentes à implantação de 22
coroas de porcelana aluminizada. Uma opção estética, como destacou a reportagem
do Estadão. Agripino justificou como necessidade
- Ia jantar, e
caía., disse ele.
Intocável, até o
senador Pedro Simon (PMDB-RS) aparece na lista dos beneficiados pelo plano de
saúde do Senado. Ele obteve ressarcimento de R$ 62,7 mil em gastos com
tratamento dentário em 2012.
Também procurou
ficar alinhado com o dinheiro do público, que alimenta os cofres do Senado na
forma de pagamento de impostos, o ex-senador Milton Cabral.
Beneficiário direto
do fato de o plano de saúde do Senado ser vitalício, e extensivo a parentes dos
políticos, Cabral, que encerrou seu último mandato em 1986, lançou, no ano
passado, na contabilidade do Senado, notas fiscais com gastos R$ 5,1 mil para
pagamento de aplicações de botox em nome dele e da mulher. É a chamada
estratégia "se colar, colou", usada porque, até aqui, o plano de
saúde do Senado não é fiscalizado por qualquer tipo de auditoria. brasil247